Fabio Gordon: executivo de vendas para plataformas hiperconvergentes da Dell (Dell/Reprodução)
Repórter
Publicado em 16 de março de 2023 às 17h04.
Última atualização em 16 de março de 2023 às 18h39.
Se em 2020 a Dell possuía 165.000 funcionários, em 2023, cerca de 39.000 desses postos foram cortados. No mais recente dos ajustes, além de quase 6.700 demitidos, a empresa tomou ações para congelar contratações, limitar viagens de trabalho e reduzir gastos com serviços externos.
E faz sentido o aperto de cintos da americana. Junto de um cenário global de retração que já afetou gigantes como Microsoft, Meta — dona do Facebook —, Alphabet — matriz do Google —, e Amazon, a empresa experimentou uma queda nos seu negócio de computadores pessoais, que no quarto trimestre de 2022 despencaram 37% nas vendas.
No entanto, no Brasil, e especificamente na seara de produtos voltados ao setor coorporativo, a Dell tem se mostrado otimista. Foi o que defendeu Fabio Gordon, executivo de vendas para plataformas hiperconvergentes da Dell, em evento para clientes realizado em São Paulo, nesta quinta-feira, 16.
O executivo afirmou que a empresa tende à acompanhar tendências de mercados e previsões seguidas por outros players globais, mas junto disso, segue apostando no Brasil, seu décimo maior mercado.
''Os investimentos da empresa, principalmente na fábrica em Hortolândia, São Paulo, demonstram uma presença forte no país'', afirma Gordon.
Em favor da posição da Dell, um estudo recente do IDC aponta que o mercado de tecnologia do Brasil vai crescer 6,2%, um número bastante positivo e acima do PIB, e que dá expectativas de bons resultados apesar do cenário inicial do ano.
Ainda que não divulgue números por região em seu balanço, a empresa tem se voltado ao interesse de pequenos a grandes clientes brasileiros por modernizar e digitalizar os negócios e incluírem novas soluções de tecnologia.
Na oferta de produtos da Dell, além da infraestrutura de nuvem, carro-chefe na captação de vendas, entram no radar soluções que permitam o uso de inteligência artificial (IA) e internet das coisas (IoT), essa última, começou a florescer na indústria brasileira com mais intensidade depois das redes 5G serem ativadas.
No trabalho de aproximação com o portfólio de clientes, a empresa agora tem ofertado seus novos servidores PowerEdge, que funcionam em vários nós, e com torres e racks de última geração, com processadores escaláveis Xeon, produzidos pela sua fiel parceira Intel.
Um chamariz e tanto para companhias ávidas por transformação tecnológica.