Obama diz que EUA estão revisando protocolos de espionagem
Estocolmo - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assegurou nesta quarta-feira que está revisando os protocolos dos serviços de inteligência de seu país...
Da Redação
Publicado em 5 de setembro de 2013 às 08h58.
Estocolmo - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assegurou nesta quarta-feira que está revisando os protocolos dos serviços de inteligência de seu país para encontrar um equilíbrio entre a questão da segurança nacional e as liberdades individuais.
"Só porque podemos fazer algo, não quer dizer que temos que fazê-lo", reconheceu o líder em entrevista coletiva em Estocolmo, onde iniciou sua primeira visita oficial à Suécia.
O líder americano, em uma parada prévia à cúpula do G20, que começará amanhã em São Petersburgo (Rússia), explicou que seu governo está em contato com os países europeus e com outros Estados para analisar suas preocupações perante as denúncias de espionagem feitas por alguns deles e determinar quais medidas serão tomadas.
No entanto, Obama também assinalou que alguns daqueles que se mostraram publicamente mais ofendidos também "fazem o mesmo" que os Estados Unidos e, inclusive, utilizam a informação oferecida pela inteligência americana para proteger seus cidadãos.
Na Europa, a Alemanha exigiu que a espionagem americana se adéque às leis locais sobre dados pessoais.
O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, também foi convocado para prestar esclarecimentos sobre as denúncias de monitoramento dos Estados Unidos em torno de telefonemas, e-mails e mensagens de celular da presidente Dilma Rousseff e de "assessores chaves".
Além de deixar claro que os serviços de inteligência não se dedicam a "farejar" os e-mails dos cidadãos ou a escutar suas chamadas telefônicas, Obama assinalou que o objetivo destas ações é a luta contra o terrorismo e as armas de destruição em massa a favor da cibersegurança e da segurança nacional.
Os recursos da inteligência americana são maiores que os de outros países, assim como ocorre com as capacidades militares, mas "temos os mesmos objetivos", concluiu Obama.