Tecnologia

Como o Google usa as suas fotos e de 100 milhões de pessoas

Empresa tem mais de 3720 terabytes de imagens de usuários


	Google: empresa tem mais de 3720 terabytes de dados referentes a imagens
 (Getty Images)

Google: empresa tem mais de 3720 terabytes de dados referentes a imagens (Getty Images)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 22 de outubro de 2015 às 16h37.

São Paulo – O Google anunciou nesta semana que o seu aplicativo de backup de fotos, chamado Google Fotos, atingiu 100 milhões de usuários. O uso é gratuito e não há limite de espaço para o armazenamento na nuvem, mas o que a empresa ganha isso? A resposta é uma quantidade enorme de dados.

Nos termos de serviço do Google, a companhia determina que os conteúdos dos usuários podem ser usados em seus serviços atuais e futuros, ou seja, é possível que os seus dados deem origem a novas tecnologias.

Cinco meses após seu lançamento como uma parte independente do Google+, mais de 3.720 terabytes de dados foram guardados pelos usuários na nuvem do Google Fotos. Como indica o Popular Science, esses materiais podem servir para treinar algoritmos de reconhecimento de imagens, que são baseados em redes neurais.

Todas as fotos guardadas no Google Fotos são identificadas por tags para que você possa pesquisá-las utilizando palavras-chave. Há também reconhecimento facial e geolocalização envolvidas no processo, tudo para deixar as suas fotos mais organizadas. 

Analisando várias imagens de um cachorro, por exemplo, que foram nomeadas com a palavra cachorro ou semelhante, o algoritmo da rede neural do Google Fotos identifica imagens parecidas e as associa a uma palavra. Dessa maneira, o Google cria um álbum ou uma sessão na sua pasta de fotografias, como informa o Motherboard, em um texto que trata dos "sonhos" psicodélicos desse algoritmo.

Isso ainda funciona de forma experimental e não está livre de erros. Em meados deste ano, por exemplo, o serviço identificou fotos de um casal de negros como “gorilas”.

O Google, já há alguns anos, pesquisa sobre a busca de fotos, e até mesmo participa de um concurso de eficiência de algoritmos de reconhecimento imagético, o ImageNet. A empresa obteve uma margem de erro de 6,66% na identificação de imagens, o que significa que houve um erro a cada 15 fotos analisadas.

Segundo o TechCrunch, Google, por sua vez, se limita a informar que o Google Fotos está sujeito à mesma política de uso dos seus demais serviços e ressalta três pontos: 

- A sua conta é privada e segura como em qualquer outro serviço do Google;

- As informações dos usuários não são compartilhadas com outras empresas, a não ser que o usuário explicitamente escolha compartilhá-las;

- O Google não usará as imagens e vídeos dos usuários comercialmente para qualquer que seja o propósito, a não ser que a empresa peça a explícita permissão do usuário.

Todas as fotos armazenadas no Google Fotos têm resolução máxima de 16 megapixels e os vídeos, Full HD. Quem quiser manter imagens maiores precisa contratar um dos planos do serviço.

Acompanhe tudo sobre:AppsComputação em nuvemEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaGoogleTecnologia da informação

Mais de Tecnologia

Como a greve da Amazon nos EUA pode atrasar entregas de Natal

Como o Google Maps ajudou a solucionar um crime

China avança em logística com o AR-500, helicóptero não tripulado

Apple promete investimento de US$ 1 bilhão para colocar fim à crise com Indonésia