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O que o Baidu fazia no Brasil

Depois do antivírus, do buscador e da loja de apps, o Google da China deixou o país

 (Baidu/Divulgação)

(Baidu/Divulgação)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 5 de julho de 2018 às 11h43.

Última atualização em 5 de julho de 2018 às 18h15.

São Paulo – O Baidu é a empresa por trás do maior buscador de internet na China. Chamado de Google chinês pela mídia ocidental, ele se volta agora ao desenvolvimento de algoritmos de inteligência artificial, assim como faz o Google. Por conta disso, a companhia vai deixar o Brasil, voltando totalmente seu foco para a criação de novos serviços baseados nessa tecnologia.

Com técnicas que levavam à instalação forçada (Deseja instalar o Baidu Antivírus? Não. Baidu instalado com sucesso), atribuídas pela empresa, no passado à Revista INFO, a serviços de download de programas para computadores, uma das primeiras estratégias da empresa era ter presença significativa nos PCs dos brasileiros. 

Além do antivírus, a empresa tinha um navegador de internet, Baidu Browser, um portal chamado Hao123 e um buscador rival de Google e Bing que funcionava para pesquisas em português. 

O Baidu também ingressou no mercado de aplicativos com uma loja própria para smartphones com sistema Android. Chamada Mobomarket, a empresa chegou a contratar brasileiros para a sua operação, que logo foram demitidos e o serviço ficou abandonado.

Em maio deste ano, EXAME consultou o site da companhia e encontrou diversos programas para PC ainda disponíveis, mas sem atualizações significativas. Por isso, contatamos a equipe do Baidu Brasil para entender o que eles estavam fazendo por aqui ainda. 

A resposta dizia que a companhia havia voltado seu foco totalmente para os smartphones. Com apps como Du Speed Booster e ES File, o número de downloads em dispositivos Android somava mais de 27 milhões. O buscador de internet, principal produto na China, foi descontinuado no Brasil em 2015. 

Com a saída da empresa do Brasil, reportada com exclusividade por EXAME, o futuro dos apps mobile da empresa é incerto. Contatamos a equipe brasileira que fazia parte da companhia, mas não houve resposta até a publicação desta matéria.

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