Tecnologia

O que há por trás das telas ativas do Galaxy S7 e do LG G5

Empresas aposta em tecnologias diferentes para diminuir número de vezes que usuários desbloqueiam telas de smartphones

Always-on: recurso mantém tela do Galaxy S7 sempre ativa (Divulgação/Samsung)

Always-on: recurso mantém tela do Galaxy S7 sempre ativa (Divulgação/Samsung)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 23 de fevereiro de 2016 às 12h41.

São Paulo – Dois novos smartphones foram apresentados nesta semana pela LG e pela Samsung, o G5 e o S7, respectivamente. Ambos, mesmo sendo de marcas concorrentes, trazem como novidade um display que está sempre ativo. O objetivo disso é reduzir o número de vezes em que o aparelho é desbloqueado diariamente — 150 vezes, em média.

Em ambos os casos, os dispositivos operam de maneira que não consumam muita energia, ao mesmo tempo que deixam à mostra informações como horário e notificações de aplicativos. 

A LG informou, durante a apresentação oficial do G5, que o seu gadget gasta 0,8% de carga da bateria por hora que o display permanece ligado nesse modo econômico de visualização de novidades. 

Pontos quânticos

O smartphone da LG não utiliza uma tela LED comum, nem uma Amoled (tecnologia empregada em diversos aparelhos da Samsung e de outros fabricantes), mas, sim, uma com pontos quânticos.

Cristais nanoscópicos são os responsáveis pela reprodução de cores a partir de uma iluminação que vem de um painel traseiro. Como não há a necessidade da luz atravessar um filtro de Bayer (usado para ajustar as cores dos pixels), como nos LCD retroiluminados com LED, o gasto de energia é mais baixo, já que a luz é menos intensa.

Divulgação/LG

LG G5: aparelho tem tela de pontos quânticos sempre ativa

Esse tipo de tela, aliado ao processador mais potente da Qualcomm à época, já se mostrou mais eficiente em termos de consumo energético em testes realizados com o smartphone LG G4, no ano passado, em comparação com o seu antecessor que usava LCD retroiluminado, o LG G3. Agora, a fabricante tira proveito dessa implementação tecnológica para deixar o display sempre ligado.

Super Amoled

No caso do Galaxy S7, a Samsung não chegou a informar o quanto a tela sempre ligada vai gastar de bateria. Por outro lado, a companhia aumentou a capacidade da bateria dos modelos Galaxy S7 e sua versão edge, para 3.000 e 3.600 mAh – o que deve oferecer mais tempo de uso aos dois produtos.

A tecnologia de tela usada pela Samsung é diferente. Em vez do ponto quântico, quem é a responsável pela economia de energia é a tela Super Amoled. Com materiais orgânicos que se iluminam individualmente a receberem uma corrente elétrica, o display poupa eletricidade ao se manter predominantemente preto, iluminando somente o necessário. 

A fabricante também informou que os seus gadgets contam com sensores que detectam quando estão no bolso ou na bolsa ou virados para baixo. Nessas ocasiões, os displays se apagam por completo, poupando mais a bateria.

Especialmente no caso da Samsung, o recurso de tela sempre ativa lembra o que a Microsoft fez em sua linha Lumia, em produtos como o 930 ou o 830. Eles mantém suas telas Amoled sempre acesas para mostrar horário e alertar sobre notificações. 

A Motorola também utiliza telas Amoled em seus produtos desde 2013, com o lançamento do primeiro Moto X. Diversos aparelhos da marca têm o Moto Display, que mostra notificações e horário em uma interface predominantemente preta. Em vez de estar sempre ligada, a tela do Moto X Style, por exemplo, se ilumina quando há movimentos ou quando passamos a mão sobre o dispositivo.

Acompanhe tudo sobre:AppsCelularesEmpresasEmpresas coreanasempresas-de-tecnologiaIndústria eletroeletrônicaLGMobile World CongressSamsungSmartphones

Mais de Tecnologia

Executiva da Baidu faz publicação polêmica no TikTok e pede demissão logo depois

Rio Grande do Sul: IA possibilita "match" entre animais desaparecidos e tutores

Com 3 milhões de ouvintes, maior podcast do Brasil é evangélico e baseado em livro best-seller

Plataforma criada por voluntários do Rio Grande do Sul já resgatou 12 mil pessoas

Mais na Exame