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O Big Data é o 12º jogador da Alemanha na Copa

"Os jogadores de hoje são de outra geração, que precisa de estímulo visual", constata o técnico Joachim Löw

Seleção da Alemanha (David W Cerny/Reuters)
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AFP

Publicado em 16 de junho de 2018 às 12h15.

A Alemanha , que pode se orgulhar de ser pioneira no uso de dados (Big Data), está apostando para a Copa do Mundo de 2018 em suas ferramentas interativas, que permitem aos jogadores uma compreensão mais profunda de suas ações e análises de seus rivais.

"Os jogadores de hoje são de outra geração, que precisa de estímulo visual", constata o técnico Joachim Löw.

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"Eles não são meros receptores de ordens, querem ver e rever por si mesmos as ações do jogo sob diferentes ângulos. Querem informações, críticas e, acima de tudo, soluções", diz ele.

A seleção do México, sua rival no domingo (17) em Moscou, não tem segredos para eles, se for verdade as palavras do analista da Mannschaft, Urs Siegenthaler, cujo lema é "Uma partida é decidida antes de começar".

"Quando cometemos um erro de situação ou passe, as pessoas na arquibancada, pela televisão, podem ver instantaneamente o que tinha que ser feito, mas nós no campo temos uma visão diferente", diz o meio-campo defensivo Joshua Kimmich.

"No vídeo, vemos as outras opções que eram possíveis e, a longo prazo, esse trabalho fornece os pilares para melhorar, se analisarmos as próprias fragilidades com um olhar crítico", enfatiza.

Para aqueles curiosos sobre suas próprias informações, o corpo técnico os envia diretamente as ações interessantes de sua análise para seu próprio celular.

Os humanos decidem

Entre as virtudes do sistema alemão está a eficiência do uso tempo, evitando ter que revisar partidas inteiras, algo especialmente valioso em um torneio onde há partidas a cada poucos dias.

"Antes, você encontrava um jogador e assistia ao vídeo com ele. Agora eles podem construir sua própria visão do assunto", destaca o o gerente da Mannschaft, Oliver Bierhoff.

Joachim Löw, convencido de que essas tecnologias vão ganhar importância no futebol, não esperou a Copa do Mundo na Rússia para aprender com elas.

Desde que chegou ao cargo em 2006, seus assistentes começaram a produzir montagens de vídeo para cada potencial internacional alemão, mostrando suas melhores e piores ações em seus jogos, acompanhadas de comentários do técnico e conselhos individualizados sobre os pontos que precisam ser melhorados.

A filosofia é a mesma para esta Copa do Mundo de 2018, embora as ferramentas tecnológicas não parem de evoluir.

"Buscamos estar à frente de nossos concorrentes" também sobre essa questão, orgulha-se Bierhoff, convencido de que essa forma de trabalho contribuiu muito para o título da Copa do Mundo há quatro anos no Brasil.

Em sua opinião, as possibilidades da informática e o uso delas por Löw representam "de 5 a 10% do sucesso da equipe".

O técnico alemão consultará os bancos de dados antes de definir as escalações nesta Copa do Mundo? "Não", diz Bierhoff. "É sempre o ser humano que decide. Joachim Löw continua a confiar em sua intuição, já que os jogadores contribuem mais do que as estatísticas no campo, como a influência deles na equipe, sua mentalidade ou seu caráter", explica.

Os adversários da Alemanha sabem que terão que enfrentar este décimo segundo jogador em seus duelos contra o defensor do título mundial.

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