Tecnologia

NowMe, o app para paquerar na balada

Aplicativo brasileiro, lançado nesta semana, oferece recurso de chat para pessoas que estão no mesmo local

Balada (Flickr/murilocardoso)

Balada (Flickr/murilocardoso)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 14 de agosto de 2014 às 11h54.

O NowMe é um aplicativo brasileiro voltado para a paquera em locais específicos, como bares, baladas ou até mesmo faculdades. Para isso, o app, que está disponível para Android, utiliza tecnologia GPS para restringir o alcance de cada usuário para apenas 500m, com o objetivo de garantir que as pessoas estejam realmente no mesmo lugar — é isso que o diferencia do Tinder, apesar da proposta e interface semelhantes.

Após fazer uma conta a partir de dados importados do Facebook, o usuário pode escolher o local que está e fazer um check-in, entrando em uma sala de bate-papo que mostra apenas as pessoas que estão por perto.

“Aplicativos como o Tinder e o Badoo pegam um raio amplo em volta do usuário, o que significa que nem sempre as pessoas estão próximas. É preciso marcar em algum lugar, em um outro dia, em uma outra hora e, às vezes, o encontro acaba não acontecendo”, afirmou a INFO Diego Libanio, cofundador e diretor da NowMe.

Inicialmente, a empresa investe em marketing em universidades, como Uninove, Unicsul Mackenzie, dado o apelo jovem do aplicativo.

O modelo de negócio da empresa, que foi fundada no primeiro semestre de 2014, tem como base parcerias com estabelecimentos comerciais, como bares e baladas, com a meta ambiciosa de aumentar o movimento do local em até 20%. “Essas casas têm, em média, quatro dias realmente úteis por semana. A ideia é ajudar a atrair as pessoas com ‘NowMe Nights’, noites em que o público é estimulado a usar o aplicativo”, disse Libanio.

O concorrente Tinder ajudou a inspirar as noites do aplicativo, uma vez que já são realizadas em algumas casas noturnas da Europa as chamadas Tinder Nights.

Investimento

Libanio e seu sócio Fábio Xavier fizeram uma demonstração de uso do aplicativo em Minas Gerais neste ano com o objetivo de buscar investimento. Neimar Medeiros decidiu apostar na iniciativa e estimulou a companhia a colocar o seu negócio em prática. Medeiros é CEO da HTcom, uma empresa brasileira com 12 anos de mercado que oferece soluções corporativas de telecomunicações e TI.

“Do ponto de vista de operadora, entendemos que não podemos ficar de fora do ambiente mobile. Buscamos essa presença por meio de parcerias de vários tipos e identificamos na NowMe uma possibilidade de fazer análise de Big Data”, disse Medeiros, em entrevista a INFO.

“A carência de dados é extrema, várias e várias pessoas não têm um profissional de BI voltado ao comportamento das pessoas ou uma forma de fazer marketing direcionado.”

Segundo Libanio, o aplicativo NowMe também poderá identificar o melhor momento para exibir uma publicidade. Por exemplo, oferecer um anúncio de whisky à meia-noite ou o download de um aplicativo de táxi às quatro da manhã.

Desenvolvimento

A tecnologia do NowMe foi desenvolvida por Fábio Xavier, que é arquiteto Java e também trabalhou como gerente de projetos de TI.”A ideia surgiu para mim durante uma balada. Vi as pessoas sentadas lá, mas ninguém conversando um com o outro”, declarou Xavier, que conta que chegou a verificar se havia alguma restrição para o desenvolvimento do aplicativo. Ele diz que chegou a não acreditar que ninguém tivesse criado algo do tipo antes.

Já Libanio atuava no segmento de estratégia de negócios em uma consultoria e é o responsável pelo planejamento da NowMe e seu posicionamento no mercado.

Apesar de estar disponível apenas para smartphones Android, uma versão do NowMe para iOS, o sistema dos dispositivos móveis da Apple, está programada para ser lançada em setembro deste ano. Não há previsão de uma edição para Windows Phone.

Foto: Flickr/murilocardoso

Acompanhe tudo sobre:CelularesIndústria eletroeletrônicaINFOSmartphonesSoftware

Mais de Tecnologia

SpaceX realiza primeira manobra de retorno com foguete Starship; veja vídeo

Dell Technologies promove evento em SP sobre IA e traz Amy Webb para discutir o futuro da tecnologia

Quem são os youtubers mais ricos do mundo? MrBeast lidera com fortuna estimada em US$ 500 milhões

Live-commerce tem 597 milhões de consumidores na China, 54,7% do total de internautas