Tecnologia

Nova rede social promete revelar os segredos do sexo oposto

Com jeitão de Orkut, ela ele é um site voltado para troca de perguntas e respostas sobre o complicado (e divertidíssimo) mundo das paquerinhas e relacionamentos


	Elaele: "A gente soluciona um problema. É isso que cria a necessidade de uso de uma rede social"
 (Creative Commons/asherawelan)

Elaele: "A gente soluciona um problema. É isso que cria a necessidade de uso de uma rede social" (Creative Commons/asherawelan)

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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2014 às 11h38.

São Paulo - Como impressionar a paquerinha? Qual melhor lugar para o primeiro encontro? Ligar ou não ligar no dia seguinte? Criado em fevereiro, um novo site pretende responder estas e outras dúvidas do mundo do relacionamento.

Batizada de ela ele, a rede social foi criada por Gabriel Reynard. Em entrevista a EXAME.com, ele falou sobre sua startup - que pretende ajudar via internet quem quer saber os segredos do sexo oposto. Veja aqui os melhores trechos do bate-papo:

EXAME.com - Como surgiu o ela ele?

Gabriel Reynard - No Orkut, eu cuidava das comunidades "Homens perguntam, mulheres respondem" e "Mulheres perguntam, homens respondem". Elas tinham cerca de 30 mil pessoas cada uma. Com o tempo, as pessoas foram saindo do Orkut e eu fiquei com isso na cabeça, de criar algo para resolver o problema de como homens e mulheres pensam. Então, me juntei a meu amigo Marcus Nunes e criei a startup que, desde fevereiro, já conquistou 2,4 mil usuários

EXAME.com - Você tem outros números sobre o site?

Gabriel Reynard - Cerca de 2 mil perguntas já foram publicadas no ela ele e renderam 10 mil respostas que tiveram 4 mil comentários. Em média, um número entre 700 e 1000 pessoas acessa diariamente o site, que tem cerca de 10 mil acessos por dia. 

EXAME.com - Como o ela ele funciona na prática?

Gabriel Reynard - O internauta pode fazer o cadastro no site ou usar os dados do Facebook. Depois disso, ele pode fazer perguntas que são divididas por categorias: paquera, sexo, estilo, etc. A cada pergunta, o usuário ganha pontos que servem para subir de nível. Ao todo, os níveis são 20 - sendo o mais alto o "imperador" - e um ranking mostra as maiores pontuações de cada categoria.

EXAME.com - Qual é o público-alvo do ela ele?

Gabriel Reynard - Nosso público-alvo é de jovens de 18 a 35 anos, já que é nessa fase da vida em que as dúvidas em relação ao sexo oposto começam a surgir. Eu e meu sócio tínhamos esta dificuldade e não tínhamos a quem recorrer: nossos amigos nos sacaneariam e nossas famílias não teriam as respostas. Numa rede social, todo mundo fica à vontade para esclarecer as dúvidas mais cabeludas.

EXAME.com - Quais os mecanismos do site para evitar problemas como a pedofilia?

Gabriel Reynard - Tudo que é publicado no ela ele é monitorado por mim e pelo Marcus. Há uma lista de palavras pornográficas e palavrões que acompanhamos e tentamos excluir bem rápido quando surgem. Hoje, isso é feito manualmente - mas estamos buscando um investidor para resolver isso com um algoritmo. Também excluímos fotos pornográficas e o usuário recebe uma notificação.

EXAME.com - Qual o modelo de negócios do ela ele?

Gabriel Reynard - Nossa ideia é abrir espaço para campanhas de marcas por meio de perguntas patrocinadas. Por exemplo, uma empresa tem um desodorante, faz uma pergunta relativa àquele produto e oferece prêmios em função das respostas. Não queremos banners no site - já que, se não forem muito bem-feitos, eles espantam o usuário.

EXAME.com - Qual o grande diferencial do elaele?

Gabriel Reynard -  Imagine um casal que está num restaurante e briga. A namorada vai ao banheiro e usa o site para pedir dicas de como resolver o problema. É este tipo de coisa que o site vai proporcionar às pessoas. Por isso, estamos tão focados nesse nicho de relacionamento, namoro, paquera. A gente soluciona um problema. É isso que cria a necessidade de uso de uma rede social. 

EXAME.com - Mas você acredita que este método é realmente eficaz para resolver este tipo de problema?

Gabriel Reynard - Olha, eu acho que funciona. Voltando ao caso da menina: ela não teria a quem perguntar. Por estarem envolvidos, amigos nem sempre podem dar o melhor conselho. Na internet, a pessoa tende a encontrar respostas mais sensatas e próximas do real. Há mais discernimento e filtragem para pensar uma solução. Com isso, eu acho que o ela ele vai ajudar pessoas e se diferenciar. 

EXAME.com - Quais as perguntas mais inusitadas que já pintaram no site?

Gabriel Reynard - Ah, várias... Uma menina já perguntou se masturbação com escova de dente faria ela perder a virgindade. E um cara queria dicas de como xavecar mulher no ônibus. E ainda teve outro que queria saber se ter um carro fazia mesmo muita diferença na hora da paquera.

EXAME.com - E quais são seus planos para o futuro?

Gabriel Reynard - A mudança de linguagem anunciada no último WWDC atrapalhou um pouco, mas pretendemos lançar em breve um app para iOS e para Android. Estamos planejando também uma tradução do site para o espanhol e uma versão 2.0 com mais recursos - como, por exemplo, um equivalente da cutucada do Facebook. Essa versão deve estar no ar dentro de 2 meses.

EXAME.com - E há planos de versões para o público GLS?

Gabriel Reynard - Sim, claro. Já estamos pensando num ele ele e num ela ela. Já temos, inclusive, estes domínios registrados. Para colocarmos isso no ar, só precisamos ter certeza que este modelo que estamos propondo é viável mesmo. O público GLS é muito forte nas redes sociais.

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