Tecnologia

Positivo e Itautec terão desoneração para tablets, diz Bernardo

Ministro informou que as fabricantes poderão fazer as máquinas sem custo de PIS e Confins

Motorola entrará em contato com Bernardo ainda neste mês para discutir sua produção no Brasil (./Getty Images)

Motorola entrará em contato com Bernardo ainda neste mês para discutir sua produção no Brasil (./Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2011 às 14h59.

Brasília - O governo brasileiro já decidiu que irá desonerar a produção de tablets fabricados no País, disse o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. A medida deve constar da nova política industrial, que será anunciada até junho, disse o ministro.

Fabricantes como Positivo Informática SA e Itautec SA - Grupo Itautec, poderão produzir os equipamentos no Brasil sem o custo de PIS e Cofins, disse Bernardo. Hoje os dois impostos aumentam os custos dos produtos em 9,25 por cento, segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, a Abinee. O corte dos impostos faria com que os tablets fossem vendidos ao consumidor por algo em torno de R$ 500 neste ano, disse Bernardo.

“O governo está revisando a política industrial e isso está praticamente pacificado, não vi ninguém falando contra a desoneração”, disse Bernardo, em entrevista ontem em Brasília. “Vamos tirar PIS e Cofins. Será dado para os tablets o mesmo tratamento dos computadores e laptops.”

O governo quer incentivar a produção de tablets assim como aconteceu com os desktops e notebooks em 2005. Naquele ano, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu uma linha de financiamento específica e isenção de PIS e Cofins de até R$ 3 mil para equipamentos produzidos no Brasil com objetivo de aumentar o acesso a esses produtos no varejo.

Fabricantes

Empresas como a Motorola Mobility Holdings Inc. já estariam estudando a possibilidade de construir uma fábrica no Brasil para produção de tablets, disse Bernardo. A Apple Inc. também estaria ‘prospectando o mercado brasileiro’, segundo o ministro. A vantagem é que, além de atender o mercado nacional, esses produtos também poderão ser exportados para a América Latina, disse ele.

“No fim do ano, demos isenção pra modem e para componentes de redes. Estamos fazendo uma grande discussão porque a gente tem interesse na instalação de fábricas e trazer tecnologia para cá”, disse o ministro. “Acho que podemos começar a competir nesse mercado, hoje não tem nenhuma empresa no ocidente”.

Tablets são um tipo de computador portátil que dispensa o uso de teclados. Um dos mais conhecidos tablets hoje no mundo é o Ipad, fabricado pela Apple, e que, no Brasil, custa a partir de R$ 1.399, segundo site da Apple.

Outro tablet, o Galaxy Tab 16 GB, produzido pela coreana Samsung Eletronics Co Ltd, é vendido com preços entre R$ 1.499 e R$ 2.799 em 38 lojas na internet, segundo o site comparativo de preços Buscapé, Operadoras de telefonia como Claro e Vivo Participações SA, oferecem subsídio e preços mais baixos pelo aparelho para seus clientes dependendo do plano de telecomunicações contratado.

Executivos da Motorola se encontraram com o ministro Paulo Bernardo este mês para discutir a produção de tablets, de acordo com nota enviada por Giuseppe Marrara, diretor de relações governamentais da Motorola Mobility no Brasil. Segundo ele, nenhuma decisão foi tomada sobre o assunto.

A Apple não quis fazer comentários, de acordo com a assessoria de imprensa da empresa.

Positivo e Itautec não responderam imediatamente ao pedido de comentário quando procuradas pela Bloomberg.

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