A Netflix aumenta a partir desta sexta-feira (09) o preço de sua assinatura HD para 19,90 reais para novos assinantes no Brasil. A mudança vale para o plano que permite acessar a Netflix em dois dispositivos ao mesmo tempo e com resolução HD. Ainda há um plano básico que permite que a reprodução de vídeos sem qualidade HD em apenas um aparelho por vez que custa 17,90 reais. O plano família também aumentou, passando de 25,90 reais, para 26,90 reais, permitindo o acesso simultâneo de quatro telas, de acordo com a empresa.

Entretanto, quem já era cliente da empresa e pagava 16,90 reais ao mês não terá a taxa aumentada até 1º de junho de 2015 — desde que a pessoa não faça alterações em seu plano. Nos Estados Unidos, o aumento da tarifa foi de apenas 1 dólar e os clientes antigos terão a mensalidade congelada por dois anos. O CEO da Netflix, Reed Hastings, já havia dito no mês passado que o aumento iria acontecer, mas ainda não havia anunciado valores oficiais. 

O objetivo, segundo analistas de mercado entrevistados pela Reuters, é ampliar a sua expansão global investindo mais na produção de conteúdos originais, como o seriado “House of Cards”, estrelado por Kevin Spacey, que venceu no ano passado as categorias Elenco de Série Dramática e Direção de Fotografia do prêmio Creative Arts Emmy Awards, que antecede o Emmy.

"Além disso, parece muito provável que a Netflix vai acelerar sua expansão internacional começando na segunda metade de 2014, o que deve ampliar o mercado endereçável total (TAM, na sigla em inglês) e permitir que ela gere uma elevação significativa das expectativas de lucro de longo prazo", disse à Reuters Andy Hargreaves, analista da Pacific Crest Securities.

De acordo com a CNN, a Netflix conta com 48 milhões de assinantes em todo o mundo, sendo que a grande maioria, mais de 36 milhões, mora nos Estados Unidos.

De acordo com um estudo da consultoria Global Web Index divulgado no final de abril, 22% dos internautas com idades entre 16 e 64 anos de todo o mundo se inscreveram em um serviço de streaming como a Netflix — a maioria deles nos Estados Unidos, seguidos por outros países das Américas. No Brasil, o número chega a 32%.