Acompanhe:

Ouvir música clássica ajuda a manter o cérebro em forma

Estudo diz que esse tipo de música estimula a atuação dos genes envolvidos na secreção de dopamina, na neurotransmissão sináptica, na aprendizagem e na memória

Modo escuro

Continua após a publicidade

	Vários dos genes analisados que se ativam ao escutar música também estão presentes nos pássaros cantores e são os responsáveis pela capacidade dessas aves de aprender a cantar
 (Divulgação)

Vários dos genes analisados que se ativam ao escutar música também estão presentes nos pássaros cantores e são os responsáveis pela capacidade dessas aves de aprender a cantar (Divulgação)

D
Da Redação

Publicado em 13 de março de 2015 às, 20h50.

Helsinque - Escutar música clássica com frequência ativa os genes associados à função cerebral e ajuda a prevenir as doenças neurodegenerativas, segundo um estudo divulgado nesta sexta-feira por cientistas da Universidade de Helsinque, na Finlândia.

Até agora os especialistas sabiam que escutar música representa uma complexa função cognitiva do cérebro que provoca diversas mudanças neurais e fisiológicas, mas pouco havia sido estudado sobre os efeitos em nível molecular.

O objetivo da pesquisa era estabelecer as alterações genéticas ocasionadas pela música clássica, e para isso foi examinado o sangue de um grupo de 48 pessoas antes e depois de escutarem o Concerto para Violino número 3, de Mozart.

O estudo, dirigido pelo professor da Universidade de Helsinque Chakravarthi Kanduri, conclui que escutar música clássica com frequência aumenta a atividade dos genes envolvidos na secreção de dopamina, na neurotransmissão sináptica, na aprendizagem e na memória.

Além disso, contribui para tornar menos ativos os genes envolvidos na degeneração do cérebro e do sistema imunológico, o que reduz o risco de contrair doenças neurodegenerativas como o Mal de Parkinson ou a demência senil, segundo os cientistas.

"Os efeitos genéticos foram identificados apenas nos participantes que são muito fãs de música ou músicos profissionais, o que ressalta a importância que a música é algo muito familiar", explicaram os autores do estudo.

Curiosamente, vários dos genes analisados que se ativam ao escutar música também estão presentes nos pássaros cantores e são os responsáveis pela capacidade dessas aves de aprender a cantar.

Esse fato, segundo os cientistas, sugere que exista "um cenário evolutivo comum na percepção dos sons entre os pássaros cantores e os humanos".

Segundo eles, os resultados dessa pesquisa proporciona uma nova informação sobre a origem molecular da percepção musical e a evolução, e abrem portas para novas descobertas sobre mecanismos moleculares subjacentes na musicoterapia. 

Últimas Notícias

Ver mais
Dengue: sem saneamento, Brasil vira destaque negativo e Aedes aegypti avança
ESG

Dengue: sem saneamento, Brasil vira destaque negativo e Aedes aegypti avança

Há 15 horas

Câmara analisa PL que torna repelente contra insetos bem indispensável
Brasil

Câmara analisa PL que torna repelente contra insetos bem indispensável

Há um dia

CCBB realiza a primeira exposição internacional de criptoarte, com experiências imersivas
Future of Money

CCBB realiza a primeira exposição internacional de criptoarte, com experiências imersivas

Há 2 dias

O que é pneumonia assintomática? Entenda a doença que internou Camila Pitanga; saiba sintomas
Pop

O que é pneumonia assintomática? Entenda a doença que internou Camila Pitanga; saiba sintomas

Há 2 dias

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais