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Como o Facebook se reinventou em dez anos de existência

Fundado em um quarto da Universidade de Harvard, rede social conta com mais de um bilhão de usuários. Ainda assim, alguns profetizam que a rede irá morrer logo

EXAME.com (EXAME.com)

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Victor Caputo

Victor Caputo

Publicado em 4 de fevereiro de 2014 às 05h00.

São Paulo – Hoje o Facebook completa dez anos de vida. No dia 4 de fevereiro de 2004, Mark Zuckerberg colocava no ar o thefacebook.com - nome original da rede.

A rede começou em um quarto da Universidade de Harvard e era restrita aos seus estudantes—Mark Zuckerberg era um deles. Ela era usada para que os rapazes pudessem julgar a aparência das estudantes.

Em dez anos, o Facebook mudou e se tornou a maior rede social do planeta. Hoje, seus usuários postam informações sobre suas vidas pessoais, fotos, vídeos e “curtem” publicações de amigos.

Desde seu lançamento, o número de usuários não parou de aumentar. A rede fechou 2004, o ano de seu nascimento, com um milhão de usuários. Anos depois, um dos principais objetivos da empresa foi ultrapassado em setembro de 2012: ter mais de um bilhão de usuários. Em oito anos, o Facebook havia conquistado o mundo.

Hoje, a rede conta com 1,23 bilhão de usuários. Ainda assim, alguns profetizam a morte da rede social. Pesquisadores da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, afirmaram que o Facebook estará morto em 2017 e contará com apenas 20% do número de usuários que existe hoje.

De acordo com as previsões dos cientistas, a quantidade de dados gerados por navegação no Facebook vem caindo desde 2012. O número de usuários, no entanto, não parou de aumentar desde o início da rede social. 

Uma das explicações para o fenômeno pode estar  no fato de que o volume de dados gerados pela navegação usando smartphones ou tablets é menor do que com computadores. O  Facebook afirma que 80% dos usuários acessam a rede usando plataformas mobile.

Entre os mais jovens, no entanto, o gosto pela rede social não é unanimidade. Para se ter uma ideia, há dois anos, 42% dos adolescentes consideravam a ferramenta de Mark Zuckerberg a rede social mais importante, segundo pesquisa da Piper Jaffray.  Em 2013, o número despencou para 23%.

A mudança se dá principalmente pelo aumento do uso de redes menores e pelo uso de serviços de mensagens instantâneas. Entre elas, está o Snapchat, que Mark Zuckerberg tentou comprar, sem sucesso, por 3 bilhões de dólares ano passado.

Pior: nos últimos três anos, segundo estudo realizado pela iStrategy Labs, mais de três milhões de jovens deletaram suas contas do Facebook.


IPO

No dia 18 de maio de 2012, foi iniciada a venda pública de ações do Facebook pela NASDAQ. Os primeiros dias de negociação dos papeis do Facebook não foram positivos. Os preços sofreram quedas. Em poucas semanas, os papeis do Facebook alcançaram um preço mínimo de 17,73 dólares, com uma queda de 53,3%.

Ao longo dos meses, Zuckerberg conseguiu convencer o mercado de que o Facebook valia o investimento. Os bons resultados de mobile foram um dos principais motivos da impulsão das ações. No dia 20 de dezembro, o valor de mercado do Facebook ultrapassou a marca de 140 bilhões de dólares.

Vida longa

Dez anos de vida é um tempo considerável na era da internet em que gigantes sobem e descem em poucos anos. O segredo parece ser não parar no tempo. O Facebook tem acrescentado novos elementos ao longo dos anos. Incluiu o feed de notícias em 2006, o chat em 2008, o botão curtir em 2009 e também deu nova concepção à Timeline em 2011.

A empresa tem investido em aplicativos para smartphones e tablets. Conta com um app do Facebook e outro para o Messenger (chat da rede). Em 2011, comprou o Instagram por um bilhão de dólares e ontem, lançou o Facebook Paper, aplicativo para leitura de notícias.

Em entrevista à revista Bloomberg Businessweek, Zuckerberg afirma que “nós acreditamos que existem várias formas diferentes pelas quais as pessoas querem compartilhar e que limitar todas elas a apenas um aplicativo azul não é o formato do futuro”, disse. Para o Facebook, diversidade é a chave do negócio.

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