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5 itens para analisar antes de comprar uma TV 4K

Confira quais são os pontos mais importantes para analisar antes de gastar seu dinheiro em um novo televisor

4k: tecnologias como HDR e pontos quânticos melhoram a qualidade das imagens (Divulgação/Samsung)

4k: tecnologias como HDR e pontos quânticos melhoram a qualidade das imagens (Divulgação/Samsung)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 29 de junho de 2016 às 11h09.

São Paulo – Se você está cansado da sua televisão Full HD e considera a compra de um modelo 4K, é preciso ficar atento à presença de algumas tecnologias de imagem que fazem a diferença na hora de ver filmes e séries. Um dos pontos principais é observar se o produto que você selecionou tem painel RGB.

No mercado, há TVs com paineis RGBW. Apesar de terem resolução 4K – que consiste na quantidade de pixels, que totaliza quatro vezes mais do que no padrão Full HD –, esses modelos trazem subpixels brancos em meio às três cores primárias do padrão RGB.

Nesse caso, o subpixel não reproduz cores, só tenta aumentar o brilho, o que prejudica a fidelidade de cores da imagem.

O padrão RGBW garante somente 60% do contraste modular original de uma cena, contra os 95% oferecidos pelo RGB, de acordo com o ICDM (Comitê Internacional de Metrologia de Displays, na sigla em inglês). 

RGB: organização de subpixels é linear (Divulgação/Samsung/Márcio Kato Fotografia)

Aliás, essa determinação foi favorável para a Samsung, que disputava com a LG, que alegava que o painel RGBW tem melhor qualidade do que o RGB. 

LED, Oled ou ponto quântico

A melhor fidelidade na reprodução de cores é vista nos paineis com pontos quânticos, que são nanocristais que alteram minimamente seus tamanhos para possibilitar a reprodução de cores a partir de um painel retroiluminado. 

Como não há o filtro de Bayer, responsável pela filtragem da luz para a reprodução de cores, o consumo energético é menor. A luz não precisa de tanta intensidade, pois não precisa atravessar nenhuma camada para chegar à tela. Detalhamos mais a tecnologia dos pontos quânticos nesta reportagem.

Os paineis LCD com retroiluminação LED são os mais abundantes do mercado e, por consequência, são os que tem menor custo para o consumidor final. 

Essa tecnologia permite a reprodução de conteúdos com alta qualidade de fidelidade de cores. Os tons mais escuros são problemáticos para ela, mas o brilho que ela é capaz de emitir é muito alto em relação ao Oled.

As TVs Oled são menos numerosas no mercado por conta do alto custo de produção e da baixa longevidade desse painel em face do LED retroiluminado ou da implementação de pontos quânticos. Como os pixels têm luzes próprias, com a eletricidade conduzida por componentes orgânicos, eles se deterioram com o tempo. 

Por outro lado, essa tecnologia de display tem algumas vantagens: economia de energia e maior taxa de contraste do que no LED retroiluminado. Fora isso, é possível criar paineis curvos com o Oled, como faz a LG.

Para escolher, o consumidor precisa pensar se vai ficar com o produto por muito tempo e avaliar o quanto se importa com brilho e contraste, além de analisar a relação custo-benecífio do aparelho, se mantendo atento também aos pontos a seguir.

HDR

Como nas fotografias, o HDR em paineis de TV combina imagens com exposições diferentes e gera uma nova com qualidade superior a qualquer uma delas. Isso acontece porque as áreas escuras e claras se apresentam como deveriam, chegando bem próximo da realidade.

Em termos práticos, podemos dizer que o HDR melhora o brilho e o contraste de uma cena para que você veja o conteúdo como o estúdio que o gravou gostaria. É como ter super-imagens que são criadas em tempo real na hora da reprodução. 

Estúdios de cinema já utilizam a tecnologia em suas filmagens e, portanto, essa é uma tecnologia para ficar de olho se você vai comprar um televisão para a sua casa e quer que ela dure bastante tempo para que você não sinta que está com um produto defasado em razão da evolução do mercado no curto prazo. 

O HDR 10 e Dolby Vision HDR são os dois padrões de reprodução do HDR. Para os Blu-Rays, o padrão oficial é o 10. A Netflix por outro lado, adota ambos padrões. As TVs SUHD da Samsung, por exemplo, utilizam o padrão HDR 10, que oferece até 1.000 nits de brilho e tem reprodução em 10 bits, que permite a representação de 1 bilhão de cores. A Sony também usa o HDR 10 em seus produtos, enquanto a LG conta com televisores com suporte para os dois padrões de HDR. 

Outras fabricantes devem trazer televisores com a tecnologia HDR 10 para o mercado nacional em breve, uma vez que ela não requer o mesmo licenciamento que a Dolby Vision HDR.

Para esclarecer o conceito de HDR, veja este vídeo, feito pela Samsung:

https://youtube.com/watch?v=MpFQ6-hvcZM

Plataforma

A plataforma smart da sua TV 4k também precisa ser levada em conta. Cada fabricante utiliza uma diferente da outra. A Samsung tem o Tizen, a LG tem o webOS, a Panasonic tem a Firefox OS, enquanto a Sony tem o Android TV.

As plataformas mais consolidadas, segundo análise do INFOLab, são o Tizen e o webOS. Esses dois sistemas operacionais têm ecossistemas de aplicativos já desenvolvidos. Muitas emissoras de TV nacionais e internacionais têm apps para esses softwares, bem como serviços de transmissão via internet, como a Netflix e o Crackle.

O Android TV é um sistema promissor, porém, ainda embrionário. O código trazido do Android para smartphones e tablets ainda não está completamente adaptado para a plataforma de smart TV. Há resquícios de recursos do Android nessa plataforma, o que demonstra o quanto esse software ainda tem para evoluir. Felizmente, atualizações futuras podem resolver esse tipo de questão. 

Tela plana ou curva?

Existem TVs com displays curvos, planos e flexíveis. As fabricantes dizem que as telas curvas oferecem uma sensação maior de imersão no conteúdo assistido. Porém, elas requerem que o usuário se posicione em um ponto específico, bem no centro e a alguns metros de distância, para que isso aconteça. Se a ideia for ver um filme com a família, algumas pessoas podem ver a imagem distorcida.

Por isso, foram criadas as telas flexíveis, que podem ser curvas ou planas com o toque de um botão. Nesse caso, você consegue obter o melhor dos dois mundos: a imersão e a possibilidade de ver TV junto com outras pessoas. 

A escolha mais barata entre os três tipos de tela é a plana. A experiência não será tão imersiva, mas você não vai precisar se preocupar com displays curvos ou flexíveis. 

Avaliando os pontos acima, somados ao preço e ao quanto você pretende gastar, a compra da sua próxima TV deve ser acertada.

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