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Nokia desiste de vez do sistema Symbian

A empresa finlandesa, que deverá usar o Windows Phone, da Microsoft, em seus smartphones, está transferindo o desenvolvimento do Symbian para a americana Accenture

Ao transferir o sistema Symbian para a Accenture, a Nokia pode estar decretando a morte desse sistema operacional para smartphones  (Divulgação)

Ao transferir o sistema Symbian para a Accenture, a Nokia pode estar decretando a morte desse sistema operacional para smartphones (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2011 às 10h21.

São Paulo – A Nokia anunciou, nesta quarta-feira, 27, que vai demitir 4 mil funcionário até o fim de 2012 para reduzir custos. Ainda como parte da política de contenção de custos, a Nokia vai transferir o desenvolvimento do Symbian, seu sistema operacional para smartphones, para a americana Accenture.

Junto com o Symbian, 3 mil funcionários da área de desenvolvimento de software serão transferidos para a consultoria americana até o fim deste ano. Os detalhes do acordo, principalmente os referentes à transferência dos funcionários, ainda não foram definidos, mas a Accenture deve se pronunciar ainda neste semestre. Desse grupo de empregados, a maior parte virá da China, Finlândia, Índia, Reino Unido e Estados Unidos. O movimento se alinha à escolha do Windows Phone, da Microsoft, como sistema operacional padrão dos celulares da empresa.

A fabricante de celulares finlandesa informou que os cortes fazem parte de uma política de redução de gastos operacionais, por meio do qual pretende economizar 1 bilhão de euros até o fim de 2013 – 12% em relação a 2010. A maioria dos demitidos será do Reino Unido, Dinamarca e da própria Finlândia.

Em comunicado emitido na terça-feira, 26, a Nokia diz que as medidas fazem parte de um "ajuste de foco", em que pretende voltar-se apenas para a fabricação de aparelhos e à prestação de serviços relacionados ao Windows Phone. Segundo o CEO da companhia, Stephen Elop, a Nokia tem uma "nova clareza quanto aos passos para seu desenvolvimento. No entanto, são necessários alguns cortes na força de trabalho", diz o texto.

Outra parte da reestruturação da empresa, de acordo com o comunicado, é a consolidação das unidades de pesquisa e desenvolvimento, para que todas trabalhem num sentido mais próximo dos negócios principais da Nokia. A empresa não dá detalhes do que isso significa, mas afirma que algumas unidades diminuirão, outras aumentarão e outras serão fechadas.

No comunicado, Stephen Elop diz que esta é "uma realidade difícil", mas que a empresa já está em contato com todos os funcionários que serão desligados para oferecer programas de treinamento e ajudá-los a buscar novas oportunidades de trabalho. A Nokia também informa que já está em reuniões com sindicatos e entidades de trabalhodores em todos os países afetados pelas demissões para discutir formas de atenuar o impacto dos cortes.

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