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Nokia 701

A Nokia aliou um hardware cheio de recursos a uma versão mais madura do seu sistema, o Symbian Belle. Com interface que se assemelha ao Android, a navegação está mais intuitiva e amigável. O brilho da tela de 3,5 polegadas é o mais intenso que já passou pelo INFOlab. Isso torna mais confortável a visualização […]

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2012 às 13h05.

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A Nokia aliou um hardware cheio de recursos a uma versão mais madura do seu sistema, o Symbian Belle. Com interface que se assemelha ao Android, a navegação está mais intuitiva e amigável. O brilho da tela de 3,5 polegadas é o mais intenso que já passou pelo INFOlab. Isso torna mais confortável a visualização em dias claros. O aparelho tem transmissão de FM e tecnologia NFC, que troca dados por aproximação. 

 O 701 oculta um elusivo processador da família ARM11 com um núcleo que roda a uma frequência de 1 GHz. Ele é acompanhado por uma GPU que suporta OpenGL 2.0, comparável à Adreno 200 da Qualcomm ou aos circuitos integrados que utilizam a PowerVR SGX520. Processadores de arquitetura ARMv6 ainda são capazes de proporcionar uma experiência de uso satisfatória, mas seu desempenho é perceptivelmente inferior ao de arquiteturas mais novas, como a utilizada pelo OMAP 3630 que dá vida ao N9.

Escassez de memória não é um gargalo de performance para o 701. Para um celular intermediário, 512 MB de RAM é mais do que o suficiente. Ele também oferece um espaço de armazenamento interno razoável: 8 GB. Esse número pode ser expandido em até 32 GB com um cartão microSD. No final das contas, o 701 dispõe dos recursos necessários para garantir uma navegação tranquila pelos menus do telefone ou pela internet. Porém, é compreensível que ele hesite diante de algumas situações, especialmente durante a reprodução de vídeos.

Também não encontramos muitas surpresas no campo da conectividade. A trindade das redes móveis, ou seja, Wi-Fi n, 3G e A-GPS, está presente. O Bluetooth foi incluído na versão 3.0, o que confere um pouco de destaque ao 701. Já as conexões físicas ficam por conta de uma microUSB e de uma P2. 

 O Near Field Communication é o recurso que mais chama atenção na seara das conexões, embora não se trate de nada muito novo. Essencialmente, o 701 gera um campo de ondas de rádio que estimula um hardware correspondente que estiver a uma distância de alguns centímetros. O efeito prático é que o smartphone pode ser utilizado em tarefas como, por exemplo, efetuar pagamentos à maneira dos cartões magnéticos. Por enquanto ainda não existem muitas aplicações para o NFC no Brasil, mas a própria Nokia adicionou alguns aplicativos que aproveitam esse recurso. Um deles é uma versão especial do Angry Birds: ao aproximar o 701 de outro aparelho similar, novos estágios do jogo se tornam disponíveis.

 Por baixo das peripécias dos pássaros da Rovio está um sistema operacional que costumava se chamar Symbian Belle. Atualmente o nome oficial é simplesmente Nokia Belle. Mas, que há num nome? O que um dia chamamos de Symbian por qualquer outro nome seria igualmente aprimorado nesta nova iteração. O Nokia tomou nota de várias lições do Android para melhorar a interface do SO. Com efeito, os dois sistemas estão muito parecidos. O Belle oferece um ambiente de trabalho muito mais personalizável que o Symbian anterior, com maior controle sobre a organização e aparência das telas. Ele também simplificou uma série de comandos, como o controle das redes sem fio. 

 Entretanto, em termos de aplicativos pré-instalados, o 701 não tem muito a oferecer. É divertido jogar Angry Birds e Asphalt 5 com NFC, mas isso não passa de entretenimento momentâneo. Um programa realmente útil como o QuickOffice vem em uma versão que só permite a leitura de documentos. Além disso, estamos falando de um SO pouco disseminado no mercado e, portanto, a Ovi Store oferece um número bem menor de aplicativos do que o Android Market ou a Apple Store. 

 Pelo menos em termos de mídia a Nokia acertou em cheio. O player do 701 é muito competente: conseguimos reproduzir um Xvid com legendas e até os acentos eram exibidos sem problemas. Além da boa seleção de codecs de áudio e vídeo, esse smartphone também capta rádio FM com RDS. Se o software é bom, o hardware também não fica atrás. O sistema de áudio estéreo do 701 é capaz de produzir um som bem razoável para os padrões de um smartphone intermediário. Já a tela pode não estar entre as maiores ou entre as de resolução mais alta, mas seu brilho absurdo de 1000 nits não deixa a luz ambiente se intrometer entre você e o seu filme.

 A câmera traseira de 8 MP também é uma bela adição ao arsenal de recursos do 701. Claro, ela perde um pouco em versatilidade por conta do foco fixo. Contudo, a distância hiperfocal é relativamente baixa (4,3 mm) e a abertura máxima é razoável: f2,8. Além disso, o 701 grava vídeos em 720p.

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 Enquanto o N9 impressionou por seu design deslumbrante, o 701 tem um visual bem mais humilde. Por outro lado, os materiais utilizados na sua construção são de boa qualidade e ele se encaixa bem na palma da mão. Infelizmente, o brilho ofuscante de sua tela pesou sobre a duração da bateria. O 701 suportou apenas 255 minutos de chamada telefônica. 

Duração da bateria durante chamada
Barras maiores indicam melhor desempenho

LG Optimus Me

8h19min

Motorola Spice Key

7h01min

ZTE Skate

6h29min

Samsung Galaxy Ace

6h18min

Nokia 701

4h15min

Ficha técnica

Conexão3G
SOSymbian Belle
ProcessadorARM 11 1 GHz
Armazenamento8 GB + microSD
Tela3,5”
Câmeras8 MP
Peso132 g
Duração de Bateria4h15min

Avaliação técnica

PrósSistema operacional com interface reestruturada; tela extremamente brilhante; NFC;
ContrasBateria medíocre
ConclusãoO N701 reúne uma boa gama de recursos multimídia para um smartphone intermediário; seu novo sistema também conseguiu corrigir a maioria das faltas do Symbian
Configuração8,2
Usabilidade8,5
Diversão9,0
Bateria7,0
Design7,7
Média8.1
PreçoR$ 799
Acompanhe tudo sobre:NokiaSmartphones

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