Rezende: ele não vê dilema entre exigências para melhorar serviços e qualidade deles (Divulgação/Sinclair Maia)
Da Redação
Publicado em 5 de agosto de 2014 às 16h49.
São Paulo - O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, afirmou nesta terça-feira, 5, que não vê um dilema entre as exigências para melhoria dos serviços das operadoras e a qualidade dos serviços prestados por essas companhias.
"Esse dilema não existe para a Anatel. Queremos empresas fortes, mas com bom atendimento ao usuário. São os consumidores que sustentam a cadeia produtiva e eles estão cada vez mais exigentes", disse há pouco, durante cerimônia de abertura de congresso realizado pela Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA).
Antes dele, o presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Manoel Rangel, defendeu os investimentos no setor audiovisual, tendo em vista o peso deste segmento crescente para a economia.
Segundo ele, o setor de cinema, televisão aberta e televisão por assinatura chegaram a representar, juntos, 0,46% da economia, de acordo com dados de 2011, mencionados por Rangel.
Para efeito de comparação, o segmento automotivo tinha peso de 1,82% no mesmo período, segundo ele.
"Temos que nos orgulhar do peso desse setor no volume geral na economia brasileira", afirmou o presidente da Ancine.
Telefônica
A Anatel evitou comentar a negociação entre a Telefônica e a Vivendi, que deverá aumentar a concentração no mercado de telefonia no país.
Questionado sobre o assunto, Rezende disse que só irá se pronunciar após o encaminhamento do processo pelas empresas para a agência.
"Só vamos nos pronunciar oficialmente depois que for protocolado na agência e nós fizermos todos os estudos e todas as análises do processo. Não temos nenhum pronunciamento oficial. Essa é a minha resposta", disse.
Rezende disse que o comunicado da Telefônica sobre a oferta de compra estabelece à Vivendi o prazo até 3 de setembro para responder. Ele também lembrou que a proposta não é composta de uma única estrutura.
"Ela tem muitas alternativas, como participação da Vivendi em 12% na Telefônica Brasil ou possibilidade da Telefónica (espanhola) repassar as ações que detém na Telecom Italia à Vivendi. Então temos que esperar", reafirmou.