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Musk se compromete a não compartilhar dados da Tesla com EUA ou China

Os carros elétricos da empresa têm ganhado espaço na China, e o CEO busca amenizar preocupações com espionagem internacional 

Elon Musk: CEO da Tesla diz que efeitos de espionagem internacional seriam ruins para qualquer empresa (Bloomberg/Getty Images)

Lucas Agrela

Publicado em 21 de março de 2021 às 14h49.

Última atualização em 21 de março de 2021 às 16h05.

Elon Musk , CEO da montadora de carros elétricos Tesla , se comprometeu a não compartilhar dados dos Estados Unidos com a China e vice-versa, em uma conferência virtual realizada ontem. O anúncio foi feito depois que a China limitou o uso de carros da montadora entre membros do exército e executivos de empresas importantes que são mantidas pelo governo.

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Musk ressaltou que o uso de carros para espionagem internacional traria efeitos extremamente negativos para qualquer montadora.

Ao comentar o caso, o CEO da Tesla lembrou o caso do aplicativo TikTok, mantido pela chinesa Bytedance, que foi banido dos Estados Unidos por suspeita de espionagem.

A China se tornou um mercado importante para a Tesla.Os automóveis elétricos da empresa americana são usados até mesmo por autoridades públicas, como acontece em Xangai, segundo o jornal The Wall Street Journal.

Diante da queda drástica das vendas de automóveis no mundo em 2020, devido à covid-19, a Tesla encerrou o ano fiscal com lucro líquido pela primeira vez na sua história. O lucro líquido da companhia foi de 721 milhões de dólares, ante prejuízo de 862 milhões em 2019. A receita líquida total subiu para 31,53 bilhões de dólares, um aumento de 28% sobre o ano anterior. A montadora da Califórnia entregou 499.550 unidades no ano passado e produziu 509.737.  A gigafábrica da China demonstrou capacidade para produzir 250.000 unidades por ano, ou seja, cada vez mais a China será um mercado crucial para o crescimento e lucratividade da Tesla.

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