O bilionário sul-africano também é dona da Tesla e da SpaceX (Arturo Holmes/AFP)
Repórter colaborador
Publicado em 30 de agosto de 2024 às 07h49.
O empresário Elon Musk disse nesta quinta-feira, 29, que o serviço da Starlink, sua empresa de internet via satélite, será gratuito no Brasil até que a questão da suspensão das contas da empresa seja resolvida.
O bloqueio ocorreu depois da determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A ação aconteceu em razão da ausência de representantes do X no Brasil.
“Muitas escolas e hospitais remotos dependem do Starlink, da SpaceX! A SpaceX fornecerá serviço de internet gratuitamente aos usuários no Brasil até que o assunto seja resolvido, pois não podemos receber pagamento, mas não queremos cortar o acesso de ninguém”, afirmou Musk pelo X.
Many remote schools and hospitals depend on SpaceX’s Starlink!
SpaceX will provide Internet service to users in Brazil for free until this matter is resolved, as we cannot receive payment, but don’t want to cut anyone off. https://t.co/BHlPpbsKR6
— Elon Musk (@elonmusk) August 30, 2024
O ministro havia mandado, na última quarta-feira que fosse nomeado algum responsável para responder legalmente pela empresa. Caso a solicitação não fosse atendida, a pena seria a suspensão imediata do X.
Nesta quinta, a rede social de Musk anunciou que não irá cumprir a determinação do ministro. A partir de agora Moraes pode suspender a rede social no Brasil a qualquer momento.
Em comunicado, a operadora de internet do bilionário sul-africano anunciou que continuará operando seus serviços no país mesmo após a decisão de Moraes.
Segundo a empresa, a medida poderá afetar a cobrança mensal dos serviços, mas que os clientes não precisam tomar “nenhuma atitude neste momento”.
“A Starlink está comprometida em defender seus direitos protegidos por sua Constituição e continuará a fornecer serviços a você — gratuitamente, se necessário — enquanto tratamos desse assunto por meios legais”, disse a companhia.
Também foi destacado pela Starlink seus serviços são oferecidos em diversas regiões do Brasil e conectam “mais de 250 mil clientes no Brasil — da Amazônia ao Rio de Janeiro — incluindo pequenas empresas, escolas e socorristas, entre muitos outros”.
No comunicado, a Starlink afirmou que a ordem de Moraes é infundada pois responsabiliza a empresa por multas contra o X. A Starlink anunciou que deve tomar medidas legais a respeito.