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Da Redação
Publicado em 4 de novembro de 2014 às 19h47.
Em 2013, o Moto X foi um smartphone que surpreendeu quem esperava apenas mais um aparelho da Motorola. O produto veio com algo inédito e único no mercado: um assistente de voz que obedece a comandos de voz a qualquer momento sem que você toque no dispositivo. Para isso, a empresa usou o conjunto de processador, GPU, processador de linguagem natural e um sensor que detecta sons do ambiente a todo instante. Chamado de X8, esse componente agora evoluiu no Moto X edição 2014 e traz um processador Qualcomm Snapdragon 801 de 2,5 GHz, deixando para traz o antigo chip dual core e melhorando o reconhecimento de comandos de voz em português.
Com essas novidades, além de uma nova câmera de 13 MP, o novo Moto X chegou aqui no Brasil por 1.500 reais. Como o gadget vence o LG Nexus 5 em uma série de benchmarks e ainda oferece a praticidade de um assistente pessoal com detecção de áudio onisciente, o smartphone da Morotola é o que conta com a melhor relação custo-benefício no momento.
Confira todos os detalhes sobre o Moto X segunda geração a seguir.
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O Moto X cresceu um pouco: sua tela agora tem 5,2 polegadas com resolução Full HD (1080p). A parte traseira continua curva e oferece boa ergonomia. Entretanto, você pode ter dificuldade para usá-lo se tiver mãos relativamente pequenas.
A Motorola resolveu diversificar as opções logo no lançamento e oferece edições do Moto X com traseira em resina, couro ou bambu. Se você optar por esta última é melhor que você escolha o produto em uma loja, uma vez que o visual das ranhuras da madeira variam de aparelho para aparelho.
Uma das novidades mais interessantes é que agora há um contorto de alumínio no Moto X para dar maior resistência no caso de batidas ou quedas. Por conta disso, contudo, o visual ficou um pouco mais chamativo e pode dividir opiniões.
Os botões continuam em seus devidos locais: o desbloqueio é feito na lateral direita e os controles de volume ficam na esquerda. O padrão de recarregamento do produto permanece o microUSB, amplamente usado pelas fabricantes de dispositivos com sistema Android.
A configuração do Moto X traz o que há de melhor no mercado brasileiro até o momento: Processador Qualcomm Snapdragon 801 de 2,5 GHz, 2 GB de memória RAM, GPU Adreno 330, 32 GB de armazenamento interno, Bluetooth 4.0, Wi-Fi ac e suporte para a rede 4G no padrão brasileiro.
Só o que faz falta um suporte para cartão microSD para expandir a capacidade de armazenamento do produto.
Essa configuração rendeu ótimos resultados ao Moto X nos benchmarks e ele foi capaz de deixar o Samsung Galaxy S5 para trás, bem como o Sony Xperia Z3. Abaixo, comparamos o gadget com o Nexus 5, que é vendido no Brasil por um preço semelhante.
Quadrant (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
---|---|
Moto X | 22283 |
Nexus 5 | 8931 |
AnTuTu (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
---|---|
Moto X | 45386 |
Nexus 5 | 26126 |
Vellamo (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
---|---|
Moto X | 3262 |
Nexus 5 | 2066 |
3DMark (Icestorm) (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
---|---|
Moto X | 19672 |
Nexus 5 | 18075 |
Este é o ponto que mais agrada os fãs do sistema Android: há pouquíssimas modificações que não prejudicam a experiência do Android concebida pelo Google. O atualizado 4.4.4 KitKat tem apenas uma launcher com ícones um pouco maiores do que a média e alguns aplicativos da Motorola que favorecem a usabilidade diária do smartphone.
Como de praxe, há aplicativos da Motorola. O Assist foi integrado a um app chamado de Moto. Esse novo aplicativo também é o responsável por mudar o comando de ativação do Google Now.
Os demais aplicativos permanecem iguais aos presentes em outros dispositivos da Motorola. Há o Alerta, que permite enviar mensagens de texto informando sua localização, o Migração Motorola, que importa dados de um celular Android antigo por meio de um QR Code.
O Moto X não se saiu muito bem no teste do INFOlab, que simula uso intenso do dispositivo. O produto ficou ligado reproduzindo vídeos em HD constantemente durante 7h37 minutos. Esse tempo, para um gadget desta categoria, é ótimo. Ele ainda perde para os produtos topo de linha da Samsung e da LG, por exemplo. Mas, no dia a dia, o gadget pode ficar até um dia inteiro longe da tomada, se o uso for moderado. A dica é não abusar nos games.
A câmera do Moto X melhorou evidentemente. A resolução das imagens ficou mais alta, passando de 10 MP para 13 MP. O sensor é capaz de capturar imagens em 4126 x 3096 pixels e gravar em resolução QHD (2160) a 30 frames por segundo. A mudança foi um tanto radical: o Moto X anterior usava um sensor customizado que era maior fisicamente e tinha menos resolução. Em vez de tentar resolver os problemas do Clear Pixel, a Motorola optou por um sensor off the shelf da Sony (IMX135), que qualquer empresa pode implementar em um smartphone.
A interface do app de câmera continua simplista, com os ajustes finos feitos automaticamente e pode ser ativado com um movimento de rotação de pulso duas vezes. São três opções de vídeo: HD, QHD e SlowMo, que grava em 1080@15fps, para fotos conta com a opção HDR, panorama e controle de foco. No caso da filmagem em câmera lenta, o que ocorre é a gravação normal a 60FPS, mas o vídeo é codificado em 15 FPS, produzindo uma sensação de velocidade 4 vezes menor que o normal. Naturalmente, a qualidade de imagem não é boa.
A qualidade da imagem é superior à encontrada no modelo anterior, mas ainda não está no nível dos smartphones topo de linha de suas principais concorrentes (como Samsung, Sony, Apple, Nokia). A câmera é rápida, tanto para ativá-la quanto para registrar fotos, mas em contrapartida, em ambientes com pouca luz é possível notar algumas granulações e borrões. A mesma observação que fizemos no Moto X do ano passado vale também para este modelo: um giro rápido do aparelho sobre o mesmo eixo (mantendo o braço na mesma posição e apenas girando o gadget de um lado para o outro com a mão) permite que você ative rapidamente a câmera do smartphone. O movimento é simples, mas requer prática para que você possa executá-lo de forma correta sempre que precisar.
O Moto X também tem câmera frontal, que registra imagens com 2MP grava vídeos em 1080p@30fps.
Sem HDR
Com HDR
Com HDR
Sem HDR
O Moto X é um smartphone excelente em diversos pontos. Sua relação custo-benefício é imbatível. Claro que faltam recursos presentes em produtos de marcas concorrentes, mas nenhum deles tem preço semelhante ao do gadget da Motorola, portanto, compará-los nesse ponto torna-se injusto. Em suma, o Moto X é o melhor smartphone com sistema Android na faixa abaixo dos 2 mil reais atualmente assim como foi no ano passado. Seu único concorrente à altura é o LG Nexus 5, vendido no Brasil por um valor semelhante. É aí que entra a escolha do consumidor: pagar mais por um celular quem tem Android puro ou menos por um que tem poucas modificações de sistema e um assistente pessoal que entende comandos de voz em português? Em ambos os casos, a escolha é excelente em termos de custo-benefício.
Sistema operacional | Android 4.4.4 (KitKat) |
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Chipset | Qualcomm Snapdragon 801 (MSM8974AC) |
CPU (SoC) | Krait 400 Quad core 2,5 GHz |
GPU (SoC) | Adreno 330 |
RAM | 2 GB |
Armazenamento | 32 GB (24,39 livres) |
Conexões | 4G (LTE-A Cat 4), Wi-Fi ac dual band, GPS com GLONASS, Bluetooth 4.0, |
Tela | 5,2 polegadas (Full HD Capacitiva, Super AMOLED com 424 ppi, Gorilla Glass 3) |
Bateria | 7h37 |
Câmeras | 13 MP e 2MP |
Peso | 146 g |
Prós | Custo-beneficio; Android atualizado; Tela Full HD |
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Contras | Câmera poderia ser melhor |
Conclusão | Smartphone com excelente custo-benefício e assistente pessoal que entende português |
Configuração | 9,7 |
Usabilidade | 8,5 |
Diversão | 8,9 |
Bateria | 7,7 |
Design | 8,5 |
Média | 8.8 |
Preço | R$ 1500 |