PORTO, PORTUGAL - 2019/04/15: In this photo illustration a Motorola logo seen displayed on a smart phone. (Photo Illustration by Omar Marques/SOPA Images/LightRocket via Getty Images) (Omar Marques/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
Thiago Lavado
Publicado em 9 de setembro de 2020 às 06h00.
Mais um competidor no mercado de celulares dobráveis deve ser anunciado nesta quarta-feira, 8. A Motorola realiza hoje um evento para apresentar um novo smartphone que deve ser uma continuidade do novo Razr, modelo que reviveu o icônico celular de flip da empresa no ano passado com uma tela dobrável ao meio na vertical.
É esperado que o novo aparelho tenha conectividade 5G, com o processador Snapdragon 765 fabricado pela Qualcomm, um pouco mais de memória RAM e bateria com mais tempo de duração. As mudanças seriam um avançado em relação ao primeiro aparelho do modelo, que tinha configurações consideradas intermediárias, embora o aparelho tenha sido lançado no Brasil por um preço nada módico de 8.999 reais.
Não só por causa do primeiro Razr da Motorola, 2019 foi o ano dos smartphones com telas dobráveis e flexíveis, com grandes anúncios vindos de Samsung, Huawei e até de uma companhia chinesa chamada Royole, que apresentou seu modelo ainda em janeiro, durante a CES 2019. Apesar disso, os aparelhos foram lançados a preços altíssimos e passaram por turbulências inicialmente.
O Galaxy Fold, por exemplo, lançamento da Samsung que chamou grande atenção nesse mercado, foi marcado por falhas nas unidades de testes e precisou ser reaprimorado, com sinalizações para melhorar o uso e também. O aparelho chegou ao Brasil no final do ano passado por 12.999 reais.
A Motorola passou por uma década turbulenta, trocou de mãos duas vezes — foi vendida ao Google em 2011, e depois à Lenovo em 2014 —, e precisou mudar de estratégia para conseguir ter lucro. Mas superou os problemas e divulgou resultados no azul a partir do ano passado.
A pandemia complicou o cenário: a empresa de análise de mercado IDC estima que as vendas de smartphones devam cair 10% este ano, um dado agravado pela covid-19. No Brasil, o mercado de celulares sofreu uma queda histórica de 30% no segundo trimestre.
O primeiro Razr foi um lançamento importante para a empresa em termos de inovação. A nova geração do modelo pode ser uma continuidade importante durante um período turbulento.