Tecnologia

Microsoft planeja reforçar recursos de privacidade de navegador

A empresa tenta encontrar equilíbrio entre as exigências de privacidade dos consumidores e o desejo dos anunciantes de recolher dados sobre os usuários

A Microsoft é a a maior produtora mundial de software (Stephen Brashear/Getty Images)

A Microsoft é a a maior produtora mundial de software (Stephen Brashear/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2010 às 09h49.

Seattle - A Microsoft planeja oferecer aos usuários de seu novo navegador de Internet a capacidade de impedir que certos sites recolham informações sobre eles, como parte dos esforços da empresa para prevenir a introdução de legislação federal quanto à privacidade online.

O recurso opcional, conhecido como "proteção contra acompanhamento", se baseia em tecnologia desenvolvida para a versão atual do navegador Microsoft. O recurso não recebeu destaque porque a maior produtora mundial de software estava tentando encontrar um equilíbrio entre as exigências de privacidade dos consumidores e o desejo dos anunciantes de recolher dados sobre os usuários.

A Microsoft informou que a tecnologia se baseia no InPrivate Filtering, um recurso pouco usado do Internet Explorer 8 que permite que certos sites sejam bloqueados, mas que tinha de ser ativado a cada vez que o navegador era aberto.

Existe crescente preocupação quanto a sites e anunciantes que empregam tecnologia de acompanhamento da navegação de usuários na Internet a fim de criar perfis sobre eles, e em geral sem seu conhecimento ou permissão explícita.

Na semana passada a Federal Trade Commission dos Estados Unidos apoiou a criação de uma opção de bloqueio de acompanhamento que limitaria a capacidade dos anunciantes para recolher dados sobre consumidores online.

Os anunciantes em geral se opõem à ideia, e diversos políticos do Partido Republicano, que assumirá o controle da Câmara dos Deputados no ano que vem, criticaram a legislação como possível obstáculo ao comércio na Internet.

A Microsoft está tentando satisfazer os milhões de usuários do mais popular navegador do mundo, enquanto ainda assim acumula receita junto aos anunciantes, em seu esforço para recuperar o atraso com relação ao Google, a companhia líder na Internet.

Muitos anúncios e elementos invisíveis na Web, de informação sobre o clima a cotações de ações e vídeos, são capazes de carregar automaticamente o endereço de Internet de um usuário e a página de Web que ele esteja visitando. Usando "cookies", ou séries de dados salvos pelo navegador, com o tempo os sites podem criar um perfil de cada usuário.

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