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Microsoft iniciará operação local do Windows Azure

Movimentação da empresa dentro do país inclui também a fabricação do Xbox One -– e antes, do 360 – e o armazenamento de dados do Office 365 por aqui

Microsoft: datacenters do serviço de infraestrutura em nuvem da companhia ficarão no estado de São Paulo, em local não especificado, e as atividades começarão no início de 2014 (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2013 às 09h00.

São Paulo - Em evento realizado nesta quarta-feira, a Microsoft fez seu “maior anúncio neste ano para o Brasil”: o início das operações locais do Windows Azure, disponível aqui desde 2010. A novidade faz parte da movimentação da empresa dentro do país, que inclui também a fabricação do Xbox One -– e antes, do 360 – e o armazenamento de dados do Office 365 por aqui.

Os datacenters do serviço de infraestrutura em nuvem da companhia ficarão no estado de São Paulo, em local não especificado, e as atividades começarão no início de 2014 – no mesmo período, o “Azure brasileiro” será aberto às mais de 3.500 empresas que usam a plataforma hoje. Elas incluem a própria Microsoft, que baseia seus principais serviços online (Office 365, Live e Skype, por exemplo) no sistema.

Os benefícios às empresas que trabalham e trabalharão com o serviço serão grandes, já que trazer a nuvem para perto ajudará a diminuir a latência, o tempo de resposta de envio e recebimento e, consequentemente, acelerar processos por aqui. Argentina, Chile, Paraguai e outros países latinos também deverão ser beneficiados por essa mesma proximidade.

A instalação dos servidores da plataforma no Brasil é a primeira a ser feita em um país ao sul da Linha do Equador, como afirmou o presidente da Microsoft no país, Mariano de Beer – que relativizou a localização de Singapura. Fora nossa região, a empresa tem data centers da plataforma instalados nos Estados Unidos, na Europa e em países asiáticos, como a China (em Hong Kong).


Segundo a Microsoft, a iniciativa não tem a ver diretamente com o possível estabelecimento do Marco Civil. Mas isso não deixa de ajudar a empresa caso a lei seja aprovada em votação, já que mesmo as cópias de dados, criadas como backup, ficarão guardadas nos servidores da mesma região. Aliás, vale ainda mencionar que a empresa pretende ainda ampliar as operações para o norte do Brasil, já que, por ora, a atual se limitará especialmente ao sul e ao sudeste – ou pelo menos foi isso que Steve Martin, gerente geral da divisão de nuvem da companhia, deu a entender com seu “Aguarde”.

Azure e a concorrência

Um dos assuntos discutidos na apresentação das operações locais da plataforma envolveu a disputa do Azure com o serviço similar da Amazon, o Web Services. Recentemente instalado no Brasil, o concorrente da Microsoft chegou com preços menores e roubando eventuais clientes. A instalação dos servidores por aqui – além de uma redução no preço por parte da própria MS – serve de certa forma como uma resposta, e dá à companhia uma vantagem interessante frente à rival.

Investimento na nuvem

Outro ponto interessante mostrado pela empresa antes da apresentação oficial foi a importância que a própria tem dado à nuvem. O Office 365 tem rendido bons resultados e, de seu lançamento até agora, deu à MS 1,5 bilhão de dólares. Como é baseado no Azure, o bom rendimento pode ter a ver a plataforma, que, atualmente, conta com 1 milhão de servidores pelo mundo e receberá investimentos de 1 bi de dólares.

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São Paulo - Em evento realizado nesta quarta-feira, a Microsoft fez seu “maior anúncio neste ano para o Brasil”: o início das operações locais do Windows Azure, disponível aqui desde 2010. A novidade faz parte da movimentação da empresa dentro do país, que inclui também a fabricação do Xbox One -– e antes, do 360 – e o armazenamento de dados do Office 365 por aqui.

Os datacenters do serviço de infraestrutura em nuvem da companhia ficarão no estado de São Paulo, em local não especificado, e as atividades começarão no início de 2014 – no mesmo período, o “Azure brasileiro” será aberto às mais de 3.500 empresas que usam a plataforma hoje. Elas incluem a própria Microsoft, que baseia seus principais serviços online (Office 365, Live e Skype, por exemplo) no sistema.

Os benefícios às empresas que trabalham e trabalharão com o serviço serão grandes, já que trazer a nuvem para perto ajudará a diminuir a latência, o tempo de resposta de envio e recebimento e, consequentemente, acelerar processos por aqui. Argentina, Chile, Paraguai e outros países latinos também deverão ser beneficiados por essa mesma proximidade.

A instalação dos servidores da plataforma no Brasil é a primeira a ser feita em um país ao sul da Linha do Equador, como afirmou o presidente da Microsoft no país, Mariano de Beer – que relativizou a localização de Singapura. Fora nossa região, a empresa tem data centers da plataforma instalados nos Estados Unidos, na Europa e em países asiáticos, como a China (em Hong Kong).


Segundo a Microsoft, a iniciativa não tem a ver diretamente com o possível estabelecimento do Marco Civil. Mas isso não deixa de ajudar a empresa caso a lei seja aprovada em votação, já que mesmo as cópias de dados, criadas como backup, ficarão guardadas nos servidores da mesma região. Aliás, vale ainda mencionar que a empresa pretende ainda ampliar as operações para o norte do Brasil, já que, por ora, a atual se limitará especialmente ao sul e ao sudeste – ou pelo menos foi isso que Steve Martin, gerente geral da divisão de nuvem da companhia, deu a entender com seu “Aguarde”.

Azure e a concorrência

Um dos assuntos discutidos na apresentação das operações locais da plataforma envolveu a disputa do Azure com o serviço similar da Amazon, o Web Services. Recentemente instalado no Brasil, o concorrente da Microsoft chegou com preços menores e roubando eventuais clientes. A instalação dos servidores por aqui – além de uma redução no preço por parte da própria MS – serve de certa forma como uma resposta, e dá à companhia uma vantagem interessante frente à rival.

Investimento na nuvem

Outro ponto interessante mostrado pela empresa antes da apresentação oficial foi a importância que a própria tem dado à nuvem. O Office 365 tem rendido bons resultados e, de seu lançamento até agora, deu à MS 1,5 bilhão de dólares. Como é baseado no Azure, o bom rendimento pode ter a ver a plataforma, que, atualmente, conta com 1 milhão de servidores pelo mundo e receberá investimentos de 1 bi de dólares.

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