Tecnologia

Microsoft e Google endurecem pedido de transparência

Companhias seguirão adiante para que os tribunais lhes permitam divulgar mais informação sobre os pedidos de dados confidenciais realizadas pela NSA


	Prédio-sede da NSA, a agência de espionagem norte-americana, em Fort Meade
 (NSA/Divulgação via Reuters)

Prédio-sede da NSA, a agência de espionagem norte-americana, em Fort Meade (NSA/Divulgação via Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2013 às 23h08.

Los Angeles - A Microsoft e o Google seguirão adiante com as causas que iniciaram em junho contra os Estados Unidos para que os tribunais lhes permitam divulgar mais informação sobre os pedidos de dados confidenciais de seus usuários realizadas pela Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês).

Em artigo publicado nesta sexta-feira pelo assessor geral da Microsoft, Brad Smith, no blog corporativo "Microsoft on the Issues", o executivo assegurou que a paciência da empresa com as autoridades tinha se esgotado.

"Em seis ocasiões em semanas recentes concordamos com o Departamento de Justiça em estender nossa data limite ao governo para responder a estas demandas", explicou Smith, ao destacar que, apesar dos esforços dos advogados governamentais, as reuniões "terminaram em fracasso".

"Estamos decepcionados", escreveu Smith, refletindo o sentimento das companhias, que decidiram abandonar as negociações e continuar "com o litígio" que estava em ponto morto desde junho.

"Esperamos que os tribunais confirmem nosso direito a falar mais livremente. Esperamos que o Congresso siga pressionando pelo direito das companhias tecnológicas a divulgar informação relevante da forma apropriada", afirmou.

A Microsoft já revelou informação referente aos dados solicitados pela NSA e pelo FBI em virtude de um programa confidencial de vigilância eletrônica internacional dos EUA chamado PRISM.

Esse programa, criado em 2007 e cuja existência foi revelada em junho, provocou um escândalo que pôs em questão o respeito dos gigantes tecnológicos pela privacidade de seus usuários.

A inteligência americana teve acesso aos servidores de empresas como Microsoft, Yahoo!, Google, Facebook, PalTalk, AOL e Apple.

Em seus pedidos e graças à cláusula da lei Fisa (Foreign Intelligence Surveillance Act), as autoridades acessavam dados também de pessoas fora dos EUA, em ordens que o governo quer manter em segredo e Microsoft e Google desejam tornar públicas para manter sua imagem de transparência.

Nesta semana o governo dos EUA informou que começaria a apresentar o número total de pedidos de dados de clientes das empresas tecnológicas dos últimos 12 meses, algo que para Smith é um "bom começo", mas é insuficiente.

"Acreditamos que é vital publicar informação que claramente mostre o número de exigências de conteúdos de usuários, como o texto de um e-mail. Esses números deveriam ser publicados em um formato diferente dos que se referem a dados como a informação de um assinante associada com um e-mail", considerou Smith.

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