Painel da Conferência da Microsoft e do Skype: novo parceiro do Skype na China é o Guangming Founder (GMF), joint venture entre o jornal Guangming Daily e o Founder Group (Justin Sullivan/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 27 de novembro de 2013 às 14h56.
Pequim - A Microsoft dificultou o monitoramento de chamadas e chats em seu serviço de Skype na China, afirmou um grupo de defesa da liberdade de expressão, enquanto o governo chinês amplia sua censura sobre a Internet.
O Skype anunciou na segunda-feira ter encerrado uma joint venture de oito anos com a empresa sediada em Hong Kong TOM Group --que tem 51 por cento de seu capital detido pelo bilionário Li Ka-Shing--, firmando uma nova parceria na China.
"Depois de análise cautelosa do novo Skype, acreditamos que a Microsoft retirou todas as restrições de censura em seu produto na China", disse o grupo GreatFire nesta quarta-feira.
"Todas as chamadas dos usuários, chats e informações de login são criptografados e comunicados diretamente à Microsoft via HTTPS. Isso é completamente diferente da Microsoft na era TOM-Skype, quando todas as informações eram processadas e armazenadas pela TOM em servidores localizados na China, sem nenhum controle de privacidade." Um porta-voz da Microsoft na China recusou-se a comentar e um assessor de imprensa da regional do Skype na Ásia-Pacífico não foi encontrado.
O novo parceiro do Skype na China é o Guangming Founder (GMF), uma joint venture entre o jornal Guangming Daily, sediado em Pequim, e o Founder Group, um conglomerado de tecnologia de Pequim estabelecido pela Peking University, de acordo com o novo site do GMF-Skype.
A parceria TOM-Skype foi alvo de críticas de grupos de defesa dos direitos humanos por permitir censura e vigilância. Estudos mostraram que o serviço TOM-Skype poderia ser alvo de monitoramento de seus usuários.