Mercado de celulares desacelera, mas de smartphones não
O mercado de celulares - o maior em volume no setor de eletrônicos - disparou este ano, após recuar em 2009
Da Redação
Publicado em 15 de fevereiro de 2013 às 17h33.
Helsinki - O avanço do mercado de celulares desacelerou ligeiramente no terceiro trimestre devido a preocupações quanto ao crescimento da economia e escassez de componentes, e a expansão do segmento pode diminuir ainda mais no trimestre em curso, informaram pesquisadores nesta sexta-feira.
O mercado de celulares --o maior em volume no setor de eletrônicos-- disparou este ano, após recuar em 2009, quando a recessão prejudicou o consumo de equipamentos em todo o mundo.
Segundo a Strategy Analytics, o crescimento geral do mercado cedeu a 13 por cento, em termos anualizados, no terceiro trimestre, ante 16 por cento no primeiro semestre. Para o quarto trimestre, a entidade prevê nova redução do crescimento, para 10 por cento.
"Escassez de componentes e a volatilidade atual da economia comprimiram ligeiramente os volumes," disse o analista Neil Mawston.
"Estimamos que a escalada nas guerras dos celulares inteligentes resulte em avanços em termos de volume de aparelhos no quarto trimestre, mas a instabilidade na oferta de certos componentes pode significar que alguns fabricantes não sejam capazes de atingir a produção planejada de celulares," acrescentou.
Diversos fabricantes de celulares, entre os quais Nokia e Sony Ericsson, afirmaram que a escassez de componentes fez com que as vendas no trimestre ficassem abaixo das expectativas.
"A ressaca causada pela crise econômica persistiu, com impacto da oferta restrita de componentes sobre o desempenho," disse Geoff Blaber, analista da CCS Insight.
"A oferta vai continuar sendo um problema no quarto trimestre, quando uma enxurrada de celulares inteligentes e novos lançamentos de tablets aumentará a pressão sobre a oferta de componentes," acrescentou.
O mercado de celulares inteligentes seguiu aquecido no trimestre passado, com as vendas do iPhone, da Apple, subindo 91 por cento ante igual período em 2009, o que faz da empresa a quarta maior fabricante mundial de celulares em termos de volume.