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Mercado de CDs piratas chega a US$ 4,6 bilhões

O mercado mundial de CDs ilegais ultrapassou a marca de 1 bilhão de unidades e movimentou 4,6 bilhões de dólares em 2002. Depois dos Estados Unidos e do Japão, o Brasil é o maior mercado do mundo. Esses dados fazem parte do relatório Pirataria de Música Comercial 2003, organizado pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h39.

O mercado mundial de CDs ilegais ultrapassou a marca de 1 bilhão de unidades e movimentou 4,6 bilhões de dólares em 2002. Depois dos Estados Unidos e do Japão, o Brasil é o maior mercado do mundo. Esses dados fazem parte do relatório Pirataria de Música Comercial 2003, organizado pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (Ifpi). Segundo a Ifpi, um de cada três CDs vendidos no planeta hoje é pirata.

A entidade listou dez países em que o problema é especialmente grave e demandou ações urgentes para conter a falsificação (veja lista abaixo). O Brasil é um dos países cuja indústria da música pode ir ao colapso, segundo a Ifpi. As medidas que a organização recomenda são regras mais rígidas de proteção ao direito autoral, regulamentação da produção de CDs e punição rigorosa aos infratores. Jay Berman, presidente da Ifpi, voltou a dizer que a pirataria não é um crime sem vítimas. Os maiores beneficiários da falsificação de CDs seriam quadrilhas organizadas, afirmou Berman.

No trecho do relatório que detalha a situação do Brasil, a Ifpi calcula que 53% do mercado seja dominado por piratas -- mas, no mercado, estima-se que a cifra eteja mais próxima dos 70%. Ainda de acordo com os dados oficiais, o mercado legítimo cresceu 2%, enquanto o de discos ilegais deu um salto de 19% entre 2001 e 2002.

Mas o combate à pirataria, no Brasil e no resto do mundo, é uma luta inglória, para dizer o mínimo. A produção de CDs ilegais antes estava concentrada no Sudeste Asiático, em fábricas parecidas com as que prensam os discos originais. Mas, de um ano para cá, os piratas mudaram deestratégia. Agora, a produção cada vez mais se concentra em fábricas caseiras, que usam CD-Rs e equipamentos de gravação idênticos aos utilizados nos computadores domésticos. Esses novos centros de pirataria, além de mais difíceis de localizar, geralmente respondem por uma parcela pequena da produção.

Um dos principais indícios de que a pirataria não pára de crescer é a produção de CDs virgens. Taiwan, por exemplo, tem um mercado interno de 230 milhões de CDs -- mas produz 7,6 bilhões de discos virgens. Em Hong Kong são vendidos anualmente 150 milhões de CDs -- mas as fábricas locais despejam 2,7 bilhões de CDs em branco. Esse desequilíbrio se repete em pelo menos nove outros países, todos do Terceiro Mundo, segundo o relatório da Ifpi.

Veja abaixo os países em estado de alerta, pela Ifpi:

  • Brasil
  • China
  • México
  • Paraguai
  • Polônia
  • Rússia
  • Espanha
  • Taiwan
  • Tailândia
  • Ucrânia
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