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Mercadante quer satélite para banda larga popular

O ministro de ciência e tecnologia Aloísio Mercadante propõe que o Brasil ponha em órbita um satélite dedicado ao acesso à internet em banda larga

O ministro Aloísio Mercadante quer colocar em órbita um satélite de comunicações para prover acesso à internet à Amazônia (Boeing / Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2011 às 10h56.

São Paulo -- O ministro de ciência e tecnologia Aloísio Mercadante fez, nesta quarta-feira, 4, em debate na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, um vigoroso alerta ao governo que representa sobre o risco de haver um atraso desenvolvimentista do País por falta da oferta de banda larga. “Não temos condições de dar um salto se não avançarmos no Plano Brasileiro de Banda Larga (PNBL)”, avaliou, referindo-se às dificuldades orçamentárias atuais para implementação das políticas públicas relativas a tecnologia e inovação vinculadas à oferta de capacidade de redes de comunicação.

Mercadante conclamou os senadores presentes a fazerem uma reflexão sobre o orçamento público: “O que queremos para o Brasil como nação?”, perguntou. Ele sugeriu, para solucionar o grave problema de falta do serviço na Região Amazônica, o lançamento de um satélite público dedicado, sem custo para a população, em substituição à proposta do uso de fibra óptica prevista no PNBL.

A proposta obteve a adesão de vários senadores, especialmente da bancada amazônica, que teme o agravamento das desigualdades regionais caso seja mantido o cronograma do PNBL para a região. A fibra óptica levaria até três anos a mais para chegar em estados como Roraima. “Temos de fazer a fibra óptica, mas ela não vai chegar às comunidades ribeirinhase ao interior da Amazônia”, acrescentou o ministro.


Mercadante admitiu ser a estrutura de fibra óptica a ideal do ponto de vista tecnológico, mas alertou que não chegará à última milha, onde se dá a interconexão para acesso do usuário final. Sua sugestão é viabilizar ua grupo entre seu ministério, o das comunicações e a comissão do Senado para elaborar uma proposta direta ao Itamaraty no sentido de viabilizar conversações com países como Venezuela, Colômbia, Peru, Guiana (França), destinadas ao lançamento do satélite latinoamericano inteiramente dedicado à oferta da banda larga.

“É caro (o satélite), mas daremos um salto grande de possibilidades”, ponderou. Para o ministro, é fundamental dar prioridade estratégica à inclusão digital para formar recursos humanos mais capacitados à lida com as tecnologias da informação, sobre a qual se constrói a economia e os mercados do futuro.

“Precisamos acelerar a inclusão digital, fazer banda larga, para oferta de material didático; o aluno tenha um tablet, ou laptop na escola, para que possa se conectar a essa rede”, defendeu. O senador Walter Pinheiro (PT-BA) reforçou a ideia: “Não basta permitir que (o PNBL) seja só instalação de rede. Como vincular isso com saúde, pesquisa, educação?", questionou.

Pinheiro quer que o próprio estado contrate o serviço para entrega ao usuário. O presidente da comissão, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), defendeu a integração nacional por meio do PNBL e lembrou que se não houver isso, “Norte e Nordeste não conseguirão ser competitivas. É preciso ter estrutura de banda larga”, cobrou.

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São Paulo -- O ministro de ciência e tecnologia Aloísio Mercadante fez, nesta quarta-feira, 4, em debate na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, um vigoroso alerta ao governo que representa sobre o risco de haver um atraso desenvolvimentista do País por falta da oferta de banda larga. “Não temos condições de dar um salto se não avançarmos no Plano Brasileiro de Banda Larga (PNBL)”, avaliou, referindo-se às dificuldades orçamentárias atuais para implementação das políticas públicas relativas a tecnologia e inovação vinculadas à oferta de capacidade de redes de comunicação.

Mercadante conclamou os senadores presentes a fazerem uma reflexão sobre o orçamento público: “O que queremos para o Brasil como nação?”, perguntou. Ele sugeriu, para solucionar o grave problema de falta do serviço na Região Amazônica, o lançamento de um satélite público dedicado, sem custo para a população, em substituição à proposta do uso de fibra óptica prevista no PNBL.

A proposta obteve a adesão de vários senadores, especialmente da bancada amazônica, que teme o agravamento das desigualdades regionais caso seja mantido o cronograma do PNBL para a região. A fibra óptica levaria até três anos a mais para chegar em estados como Roraima. “Temos de fazer a fibra óptica, mas ela não vai chegar às comunidades ribeirinhase ao interior da Amazônia”, acrescentou o ministro.


Mercadante admitiu ser a estrutura de fibra óptica a ideal do ponto de vista tecnológico, mas alertou que não chegará à última milha, onde se dá a interconexão para acesso do usuário final. Sua sugestão é viabilizar ua grupo entre seu ministério, o das comunicações e a comissão do Senado para elaborar uma proposta direta ao Itamaraty no sentido de viabilizar conversações com países como Venezuela, Colômbia, Peru, Guiana (França), destinadas ao lançamento do satélite latinoamericano inteiramente dedicado à oferta da banda larga.

“É caro (o satélite), mas daremos um salto grande de possibilidades”, ponderou. Para o ministro, é fundamental dar prioridade estratégica à inclusão digital para formar recursos humanos mais capacitados à lida com as tecnologias da informação, sobre a qual se constrói a economia e os mercados do futuro.

“Precisamos acelerar a inclusão digital, fazer banda larga, para oferta de material didático; o aluno tenha um tablet, ou laptop na escola, para que possa se conectar a essa rede”, defendeu. O senador Walter Pinheiro (PT-BA) reforçou a ideia: “Não basta permitir que (o PNBL) seja só instalação de rede. Como vincular isso com saúde, pesquisa, educação?", questionou.

Pinheiro quer que o próprio estado contrate o serviço para entrega ao usuário. O presidente da comissão, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), defendeu a integração nacional por meio do PNBL e lembrou que se não houver isso, “Norte e Nordeste não conseguirão ser competitivas. É preciso ter estrutura de banda larga”, cobrou.

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