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Menopausa não aumenta peso, mas gordura abdominal

O estudo estabeleceu que as mudanças hormonais que ocorrem durante a menopausa não estariam envolvidas com um aumento de peso

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2012 às 15h52.

Paris - Ao contrário da crença popular, a menopausa não causa um aumento de peso, e sim da gordura em torno da cintura, segundo um estudo da Sociedade Internacional da Menopausa (IMS).

O estudo estabeleceu que as mudanças hormonais que ocorrem durante a menopausa não estariam envolvidas com um aumento de peso.

"É um mito que a menopausa faça com que a mulher aumente de peso", afirmou a principal autora da pesquisa, Susan Davis, professora da Universidade de Monash, de Melbourne, Austrália.

"Na realidade, isso é apenas uma consequência dos fatores ambientais e do envelhecimento. Mas não há dúvida de que o aumento da massa abdominal do qual muitas mulheres se queixam na menopausa é real", afirmou.

"Essa é a resposta do corpo à queda dos estrogênios na menopausa, um mudança do armazenamento de gorduras nos quadris e na cintura".

A pesquisa publicada na revista Climacteric revisa os estudos realizados sobre o tema entre 1966 e 2012.


Segundo estes estudos, as mulheres ganham em média 0,5 kg por ano a partir dos 50 anos, mas apresentam um rápido aumento da gordura abdominal no terceiro ano depois da menopausa. As mesmas mudanças são observadas entre as mulheres de diferentes regiões do mundo.

Nos Estados Unidos, em 2008, a obesidade abdominal afetava 65,5% das mulheres de 40 a 59 anos e 73,8% das mulheres com mais de 60 anos.

O acúmulo de gordura abdominal representa um aumento do risco de diabetes e principalmente de doenças cardiovasculares, principal causa de morte entre as mulheres na pós-menopausa.

"As mulheres devem controlar seu peso antes que se converta num problema, e se não se preocuparem com isso antes da menopausa, devem fazê-lo quando esse período chegar, ou seja, cuidar de sua dieta e fazer mais atividade física", recomendou o presidente da IMS, Tobie de Villiers.

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