Jogos da Magalu: desenvolvidos em parceria com estúdios brasileiros, selecionados em chamada pública para investimento (André Lopes/Exame)
No ano passado a Magalu iniciou uma jornada em terras novas: comprou os portais de conteúdo Jovem Nerd e Canaltech, e assumiu um empreitada no mundo dos jogos casuais de smartphone.
Nesta quarta-feira, agora como publisher, a empresa enfim revelou os três primeiros títulos que ajudou a financiar e desenvolver via edital público em parceria com o BIG Festival, um dos mais relevantes festivais de jogos independentes da América Latina.
Nomeados de Orbits, Death Trap Nite e Speed Box, os games desenvolvidos pelos estúdios Bragi, Yellow Panda e Luski, respectivamente, são categorizados como hipercasuais — aqueles fáceis de baixar e gratuitos, como Candy Crush, e já estão disponíveis para download em iOS e Android em lojas de aplicativo.
O objetivo da aposta, segundo Thiago Catoto, diretor do Luizalabs, divisão de inovação e tecnologia do Magalu, é abraçar um novo mercado e abrir mais um canal com seus clientes, além de tornar os apps em geradores de dados sobre os consumidores que circulam entre as marcas controladas pela empresa.
"Nós queremos fomentar a indústria nacional de games. Há muita oportunidade para isso no Brasil. E, nessa esteira de produção de conteúdo, ajudamos o país a se digitalizar ainda mais", afirma Catoto
E faz sentido a Magalu investir em jogos. No ano passado, apenas os jogos da categoria hipercasual registraram cerca de 13 bilhões de downloads em todo o mundo. A receita do segmento chegou a 3,4 bilhões de dólares no mesmo período, com crescimento de 15% em relação a 2020.
De acordo com Catoto, no entanto, os games do tipo passatempo fazem parte da primeira etapa de um plano mais ambicioso da companhia. A ideia é criar jogos mais complexos, e que são jogados em computadores e consoles.