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Luta por tablets entre Apple e Samsung supera e-readers

Pesquisas mostram que iPads são o dispositivo mais procurado para presentes pela segunda temporada consecutiva do final do ano

iPad mini com tela Retina, da Apple: tablets e smartphones agora são os canivetes suíços da tecnologia (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 22h54.

San Francisco - Com os anos, Diana Dawson deu de presentes de Natal às suas filhas gêmeas câmeras digitais, leitores de e-books e reprodutores de mídia. Nesta temporada de final do ano, ela abrangerá tudo isso com um único dispositivo: um tablet .

“Eles fazem tudo”, disse Dawson em frente a uma loja da Apple Inc. em Walnut Creek, Califórnia, após comprar iPads para suas filhas, agora com 27 anos.

As compras de Dawson ressaltam as mudanças que estão modificando o mercado de produtos eletrônicos para consumidores. No passado, a indústria se beneficiava com as vendas no final do ano em categorias como câmeras, impressoras e computadores pessoais, mas esta temporada traz os sinais mais claros de que os compradores estão se focando em menos dispositivos. Tablets e smartphones agora são os canivetes suíços da tecnologia, abordando uma série de tarefas antes realizadas por vários dispositivos.

O caso intensifica a rivalidade entre a Apple, fabricante do iPad; a Samsung Electronics Co., que produz a linha de dispositivos Galaxy; e a Amazon.com Inc., com seus tablets Kindle Fire. Pesquisas com consumidores feitas pela empresa Parks Associates mostram que os iPads são o dispositivo mais procurado para presentes pela segunda temporada consecutiva do final do ano, comparados com televisões e laptops em anos anteriores.

Em total, os envios de tablets estão a caminho de crescer mais de 54 por cento neste ano para 221,3 milhões de unidades, frente a praticamente nada em 2010, segundo a IDC. A Associação de Produtos Eletrônicos para Consumidores projeta que 19 por cento dos US$ 33,2 bilhões que se antecipa que serão gastos em tecnologia durante a temporada do final do ano irão para tablets.

Aproveitando

Os varejistas estão capitalizando a mudança. A Wal-Mart Stores Inc., a maior varejista do mundo, disse que vendeu mais de 1,4 milhão de tablets só na noite do Dia de Ação de Graças. A Target Corp. disse que está focada em promoções com tablets neste ano, em vez de laptops, como em temporadas anteriores no final do ano.


Por outra parte, projeta-se que as vendas de PCs, câmeras digitais e leitores de e-books caiam, segundo a IDC e a Gartner Inc. Antecipa-se que somente os envios de PCs para consumidores recuem quase 15 por cento neste ano, disse a IDC. Este fato afetará os resultados dos fabricantes de PCs e de outros produtos eletrônicos como a Hewlett-Packard Co., a Dell Inc. a Canon Inc., que normalmente aumentam suas vendas no período de compras do final do ano.

TVs, consoles

Além de tablets e smartphones, as televisões de tela plana e os consoles de videogames – especialmente os novos consoles da Sony Corp. e da Microsoft Corp. – continuam sendo populares como presentes caros. E as empresas de tecnologia não desistirão dos PCs tradicionais. Contudo, a mudança para os tablets é indiscutível, disseram executivos do ramo.

“No passado, os dispositivos eram muito específicos e segmentados – um jogador de videogame era um jogador de videogame”, disse John Barbour, presidente da LeapFrog Enterprises Inc., fabricante de tablets infantis sediada em Emeryville, Califórnia. “Esses dispositivos realizam várias tarefas”.

Para os consumidores, o foco nos tablets e nos smartphones chega em um momento oportuno. A intensa concorrência dentro da categoria de dispositivos móveis levou à apresentação de novas máquinas com funções reforçadas e preços menores.

Mesmo assim, dados de pesquisa de mercado sugerem que o crescimento dos tablets poderia desacelerar nos próximos anos à medida que os dispositivos saturem o mercado. Os envios de tablets crescerão 22 por cento para 270,5 milhões de unidades em 2014, conforme a IDC, e aumentarão menos de 10 por cento até 2017.

A dura concorrência e o mercado em desaceleração provocarão uma consequente reorganização da indústria, disse Barbour da LeapFrog.

“Acredito que muitos tablets que agora estão nas prateleiras não serão vistos no ano que vem”, disse Barbour.

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San Francisco - Com os anos, Diana Dawson deu de presentes de Natal às suas filhas gêmeas câmeras digitais, leitores de e-books e reprodutores de mídia. Nesta temporada de final do ano, ela abrangerá tudo isso com um único dispositivo: um tablet .

“Eles fazem tudo”, disse Dawson em frente a uma loja da Apple Inc. em Walnut Creek, Califórnia, após comprar iPads para suas filhas, agora com 27 anos.

As compras de Dawson ressaltam as mudanças que estão modificando o mercado de produtos eletrônicos para consumidores. No passado, a indústria se beneficiava com as vendas no final do ano em categorias como câmeras, impressoras e computadores pessoais, mas esta temporada traz os sinais mais claros de que os compradores estão se focando em menos dispositivos. Tablets e smartphones agora são os canivetes suíços da tecnologia, abordando uma série de tarefas antes realizadas por vários dispositivos.

O caso intensifica a rivalidade entre a Apple, fabricante do iPad; a Samsung Electronics Co., que produz a linha de dispositivos Galaxy; e a Amazon.com Inc., com seus tablets Kindle Fire. Pesquisas com consumidores feitas pela empresa Parks Associates mostram que os iPads são o dispositivo mais procurado para presentes pela segunda temporada consecutiva do final do ano, comparados com televisões e laptops em anos anteriores.

Em total, os envios de tablets estão a caminho de crescer mais de 54 por cento neste ano para 221,3 milhões de unidades, frente a praticamente nada em 2010, segundo a IDC. A Associação de Produtos Eletrônicos para Consumidores projeta que 19 por cento dos US$ 33,2 bilhões que se antecipa que serão gastos em tecnologia durante a temporada do final do ano irão para tablets.

Aproveitando

Os varejistas estão capitalizando a mudança. A Wal-Mart Stores Inc., a maior varejista do mundo, disse que vendeu mais de 1,4 milhão de tablets só na noite do Dia de Ação de Graças. A Target Corp. disse que está focada em promoções com tablets neste ano, em vez de laptops, como em temporadas anteriores no final do ano.


Por outra parte, projeta-se que as vendas de PCs, câmeras digitais e leitores de e-books caiam, segundo a IDC e a Gartner Inc. Antecipa-se que somente os envios de PCs para consumidores recuem quase 15 por cento neste ano, disse a IDC. Este fato afetará os resultados dos fabricantes de PCs e de outros produtos eletrônicos como a Hewlett-Packard Co., a Dell Inc. a Canon Inc., que normalmente aumentam suas vendas no período de compras do final do ano.

TVs, consoles

Além de tablets e smartphones, as televisões de tela plana e os consoles de videogames – especialmente os novos consoles da Sony Corp. e da Microsoft Corp. – continuam sendo populares como presentes caros. E as empresas de tecnologia não desistirão dos PCs tradicionais. Contudo, a mudança para os tablets é indiscutível, disseram executivos do ramo.

“No passado, os dispositivos eram muito específicos e segmentados – um jogador de videogame era um jogador de videogame”, disse John Barbour, presidente da LeapFrog Enterprises Inc., fabricante de tablets infantis sediada em Emeryville, Califórnia. “Esses dispositivos realizam várias tarefas”.

Para os consumidores, o foco nos tablets e nos smartphones chega em um momento oportuno. A intensa concorrência dentro da categoria de dispositivos móveis levou à apresentação de novas máquinas com funções reforçadas e preços menores.

Mesmo assim, dados de pesquisa de mercado sugerem que o crescimento dos tablets poderia desacelerar nos próximos anos à medida que os dispositivos saturem o mercado. Os envios de tablets crescerão 22 por cento para 270,5 milhões de unidades em 2014, conforme a IDC, e aumentarão menos de 10 por cento até 2017.

A dura concorrência e o mercado em desaceleração provocarão uma consequente reorganização da indústria, disse Barbour da LeapFrog.

“Acredito que muitos tablets que agora estão nas prateleiras não serão vistos no ano que vem”, disse Barbour.

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