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Lucro da América Móvil cai com aumento do custo da dívida

Aumento dos custos de sua dívida derrubou o lucro da América Móvil quase pela metade no primeiro trimestre

América Móvil (REUTERS/Edgard Garrido)
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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2014 às 06h23.

A empresa de telecomunicações mexicana América Móvil disse na terça-feira que o aumento dos custos de sua dívida derrubou seu lucro quase pela metade no primeiro trimestre, enquanto suas receitas com serviços e a base de assinantes mostraram lento crescimento.

A companhia, controlada pelo bilionário Carlos Slim, disse que o lucro no período de janeiro a março caiu 48,3 por cento, para 13,88 bilhões de pesos (1,06 bilhão de dólares), de 26,87 bilhões de pesos um ano antes.

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A América Móvil disse em comunicado que o custo de financiamento foi de 8,3 bilhões de pesos, a maior parte ligado a pagamento de juros da dívida. No mesmo período do ano passado, a empresa teve um ganho nesse indicador de 1,4 bilhão de pesos.

A receita subiu 1,28 por cento, para 195,4 bilhões de pesos, enquanto as receitas com serviços, que respondem por cerca de 90 por cento do total, aumentaram 0,8 por cento.

A companhia adicionou 2,3 milhões de assinantes de celular durante o trimestre, mas disse que desconectou 980 mil clientes na América Latina que não estavam cumprindo suas metas mínimas de tráfego e consumo.

Analistas, na média, esperavam que o lucro caísse para 21,31 bilhões de pesos, e que a receita ficasse em 195,34 bilhões de pesos, de acordo com uma pesquisa da Reuters com cinco analistas.

A América Móvil enfrenta novas regulações mais duras para seu negócio de telefonia fixa e móvel no México, onde o governo tenta aumentar a competição.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no México caiu 0,8 por cento. No ano passado, quase a metade do Ebitda da companhia veio do país.

O Ebitda subiu no Brasil, no Chile e em outros países da América do Sul, ajudando a América Móvil a ter um aumento de 1,7 por cento desse indicador na comparação com um ano atrás.

(Por Christine Murray)

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