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“Likes” no Facebook revelam mais do que os usuários pensam

Estudo da Universidade de Cambridge acertou detalhes sensíveis sobre a vida privada dos seus participantes através da análise dos “likes” na rede social

Com mais de 1 bilhão de usuários, Facebook e seus "likes" podem ajudar a formar retratos da personalidade de cada um dos seus usuários, diz estudo (Getty Images)

Gabriela Ruic

Publicado em 12 de março de 2013 às 17h33.

São Paulo – Um estudo da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, revelou que é possível constatar de forma apurada os detalhes íntimos da vida de uma pessoa, acertando até mesmo a sua orientação sexual, através da análise dos seus “likes” no Facebook . Segundo a pesquisa, os “likes” da rede social podem ser vistos atualmente como uma nova categoria de registros deixados pelas pessoas pela internet .

Através de métodos como consultas pela web e histórico de buscas, por exemplo, seria possível extrair ainda mais informações sensíveis e precisas acerca da vida do usuário. De acordo com os resultados obtidos pelo estudo, que contou com a participação de 58 mil pessoas e foi feito em parceria com um instituto de pesquisa da Microsoft, os modelos estatísticos acertaram 88% das orientações sexuais e distinguiram com 95% de precisão entre negros e brancos e democratas e republicanos.

Já em relação à religião, o modelo obteve 82% de acertos na determinação de quem era cristão e quem era muçulmano e acertou, em até 73% dos casos, quais voluntários eram usuários de drogas. Tudo isso com base na análise de informações como os “likes” deixados no Facebook e resultados de testes psicológicos.

Mas o que é de fato surpreendente é que, na maioria dos casos, os usuários não haviam explicitado sua orientação sexual, por exemplo, em nenhuma página específica do Facebook: menos de 5% deixaram ‘likes’ em assuntos óbvios na rede social. Neste caso, as constatações mais precisas foram feitas com base em deduções. Estas inferências foram possíveis com a agregação de dados acerca do gosto pessoal de cada usuário, como programas de televisão e estilos de música.

Ao olhar o todo, os cientistas acreditam que os detalhes constatados a partir dos “likes” podem formar retratos precisos acerca da vida pessoal e também sobre a personalidade dos mais 1 bilhão de usuários do Facebook em todo o planeta. Mas esta possibilidade não se restringe apenas a rede social. Segundo Michal Kosinski, um dos líderes da pesquisa, estas previsões podem ser feitas a partir de praticamente todos os dados digitais disponívels na internet.

“Com deduções precisas, podemos prever estatisticamente informações sensíveis que a maioria das pessoas possivelmente não gostaria de ver reveladas”, alertou. Ainda segundo ele, considerando a quantidade de vestígios digitais deixados pela internet, será cada vez mais difícil controlar a privacidade na rede.

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Através de métodos como consultas pela web e histórico de buscas, por exemplo, seria possível extrair ainda mais informações sensíveis e precisas acerca da vida do usuário. De acordo com os resultados obtidos pelo estudo, que contou com a participação de 58 mil pessoas e foi feito em parceria com um instituto de pesquisa da Microsoft, os modelos estatísticos acertaram 88% das orientações sexuais e distinguiram com 95% de precisão entre negros e brancos e democratas e republicanos.

Já em relação à religião, o modelo obteve 82% de acertos na determinação de quem era cristão e quem era muçulmano e acertou, em até 73% dos casos, quais voluntários eram usuários de drogas. Tudo isso com base na análise de informações como os “likes” deixados no Facebook e resultados de testes psicológicos.

Mas o que é de fato surpreendente é que, na maioria dos casos, os usuários não haviam explicitado sua orientação sexual, por exemplo, em nenhuma página específica do Facebook: menos de 5% deixaram ‘likes’ em assuntos óbvios na rede social. Neste caso, as constatações mais precisas foram feitas com base em deduções. Estas inferências foram possíveis com a agregação de dados acerca do gosto pessoal de cada usuário, como programas de televisão e estilos de música.

Ao olhar o todo, os cientistas acreditam que os detalhes constatados a partir dos “likes” podem formar retratos precisos acerca da vida pessoal e também sobre a personalidade dos mais 1 bilhão de usuários do Facebook em todo o planeta. Mas esta possibilidade não se restringe apenas a rede social. Segundo Michal Kosinski, um dos líderes da pesquisa, estas previsões podem ser feitas a partir de praticamente todos os dados digitais disponívels na internet.

“Com deduções precisas, podemos prever estatisticamente informações sensíveis que a maioria das pessoas possivelmente não gostaria de ver reveladas”, alertou. Ainda segundo ele, considerando a quantidade de vestígios digitais deixados pela internet, será cada vez mais difícil controlar a privacidade na rede.

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