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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h28.
Apesar dos esforços dos grandes fabricantes de televisores com tela de cristal líquido para aumentar as vendas mundiais, as projeções de curto prazo indicam que os negócios devem cair, forçando o preço dos aparelhos para baixo. Por isso, a LG Philips, segunda maior produtora mundial de telas de cristal líquido, informou nesta segunda-feira (11/10) que espera uma queda de 10% a 15% no preço médio dos produtos no quarto trimestre.
A companhia estima que o recuo deve continuar no primeiro semestre de 2005, o que reduziria novamente os preços entre 10% e 20%. A partir de julho do próximo ano, contudo, a tendência é que os valores se estabilizem, já que o novo patamar de preços deve incentivar o reaquecimento da demanda e sustentar o mercado.
Se, para os consumidores, a redução de preços é uma boa notícia, para os fabricantes, ela implica em queda nas receitas e nos lucros. Foi o que aconteceu com a própria LG Philips, parceria entre a sul coreana LG e a holandesa Philips. Entre julho e setembro deste ano, a companhia apresentou lucro líquido de 252 milhões de dólares, contra 298 milhões em igual período do ano passado.
Parte dessa queda pode ser atribuída, segundo o vice-presidente da companhia, Kim Dong-joo, ao recuo de 20% nos preços dos aparelhos de tela de cristal líquido durante o último trimestre. A empresa não é a única a sentir os efeitos da retração. A Samsung, que pretende atingir um faturamento de 80 bilhões de dólares em cinco anos, conforme reportagem de EXAME, deve divulgar seu balanço de terceiro trimestre ainda em outubro. Maior produtora de aparelhos de tela de cristal líquido, a Samsung também deve registrar números desapontadores, conforme analistas de mercado ouvidos pelo jornal britânico Financial Times. Na semana passada, agências internacionais já haviam divulgado que a empresa apresentará uma queda de 10% no lucro operacional, devido ao recuo das vendas de telas de cristal líquido. As previsões para o quarto trimestre também são piores que as de igual período do ano passado.
Não é apenas a falta de demanda que está pressionando os preços dos aparelhos. O aumento da escala de produção também influencia, e a própria LG Philips é um exemplo. Há três semanas, a companhia inaugurou uma nova planta de 2 bilhões de dólares na Coréia do Sul para produzir telas de 37 polegadas para televisores.