LG Optimus Hub tem boa adaptação de interface
Os diferenciais desse smartphone da LG são a interface bem acabada e os aplicativos úteis
Da Redação
Publicado em 29 de maio de 2012 às 12h46.
São Paulo - Neste smartphone intermediário com bom acabamento e recursos decentes, o Wi-Fi pode ser aproveitado para conexão direta com outro dispositivo sem necessidade de roteador. A interface personalizada da LG para o Android tem boas sacadas, como o agrupamento de categorias no menu de pinça com os dedos.
O Optimus Hub é um daqueles aparelhos que exigem contorcionismos extraordinários por parte dos engenheiros para projetar o melhor gadget possível com os recursos (bem) escassos de que dispõe. Portanto, o poder modesto do system-on-a-chip MSM 7227T utilizado nesse smartphone não surpreende.
Trata-se de um único núcleo ARM (800 MHz) que segue a arquitetura ARMv6, uma geração mais velha que as CPU Cortex-A utilizadas em celulares intermediários e avançados. A performance geral do aparelho é aceitável, mas eventuais consumidores terão que se acostumar com os curtos atrasos que permeiam toda a interface do aparelho. Optar por um telefone mais barato envolve a aceitação de algumas limitações: em geral, aplicativos recém lançados farão o Optimus Hub transpirar de esforço.
Por desatualizada que possa ser, a CPU ainda é capaz de relizar as tarefas básicas de um smartphone (push de e-mail, navegação na internet, reprodução de vídeos, etc.) sem grandes percalços. A LG foi engenhosa o suficiente para instalar a GPU Adreno 200 no Optimus Hub, o que alivia um pouco da carga sustentada pelos ombros esquálidos do processador. A Adreno 200 não é, de maneira alguma, um chip de processamento gráfico novo.
No entanto, ela é mais nova do que a arquitetura ARMv6 e traz consigo alguns recursos indispensáveis para telefones que almejam o título “smartphone” nos dias de hoje. O Open GL ES 2.0, por exemplo, está presente na lista de API suportadas. Sem entrar em detalhes, podemos afirmar que o Optimus Hub é relativamente competente quando o assunto é lidar com gráficos.
Outra faceta dos componentes internos que passou pela tesoura do corte de custos é armazenamento. O Optimus Hub oferece uma nesga de memória interna e um cartão microSD de apenas 4 GB. Se o objetivo é apenas instalar aplicativos, essa quantidade de memória é aceitável. Entretanto, não demora muito para atingir o limite de armazenamento com músicas e vídeos.
Estar conectado, nos vários sentidos da palavra, é umas das razões mais fortes que se pode levantar para justificar a compra de um smartphone. A LG reconhece esse fato e, apesar das restrições de orçamento que assombram todos os aparelhos básicos e intermediários, não permitiu que o Optimus Hub desapontasse nesse quesito.
A lista de portas é composta por microUSB, P2, Wi-Fi, Bluetooth, A-GPS e as redes GSM e 3G. Nada fora do convencional, mas o bastante para satisfazer qualquer pessoa. A LG encontrou até mesmo espaço para incluir uma versão mais nova do Bluetooth, a 3.0.
O Optimus Hub se comunica com o usuário através da customização Optimus UI do Android, quase a mesma utilizada em outros aparelhos da companhia, excetuando algumas diferenças para os aparelhos mais novos. No geral a customização é boa, com foco especial na forma de organiza os ícones.
Gostamos do modo de exibição que oculta os itens para mostrar as apenas as categorias: um movimento de pinça é o bastante para tê-las ao alcance dos dedos. Há que se considerar, entretanto, que o Android utilizado é o Gingerbread (versão 2.3.4, no caso). Trata-se de um sistema maduro, mas é preciso lembrar que as chances de upgrade para o Ice Cream Sandwich são exíguas.
A seleção de aplicativos pré-instalados é, compreensivelmente, fraca. O leitos de documentos do Office Polaris Viewer está presente, mas, como o nome denota, apenas exibe os arquivos sem a possibilidade de edição. No entanto, há dois aplicativos que atenção e elogios: o SmartShare e o Wi-Fi Cast.
O primeiro é um servidor de DLNA que faz streaming de vídeos, fotos e música para outros aparelhos. O segundo, que mencionamos indiretamente no início da resenha, serve para compartilhar efetivamente os arquivos entre o smartphone e outro eletrônico.
Como reprodutor de mídia o Optimus Hub é bem versátil. Ouvimos música em MP3, WAV, WMA e eAAC+ no player nativo. Quanto aos vídeos, o player não rejeita DivX, Xvid, H.263, H.264 e WMV. O software em si é muito simples: apenas exibe a capa dos álbuns de música e não oferece nenhum ajuste de equalização. Quem se aventurar a ouvir música sem fones, terá que se contentar com um som de pouca nitidez.
Para um telefone com câmera de 5 MP, o Optimus Hub produz imagens relativamente boas. Falta um pouco de detalhe, sem dúvida, mas o grande problema da câmera não é a definição das linhas. São as cores que são maltratadas por esse smartphone, de tal forma que as fotos tiradas em modo automático parecem ter passado por um filtro sépia.
O nível ideal de vivacidade das cores é uma questão pessoal, mas é difícil não se sentir desanimado com o aspecto nublado das imagens. Como comentamos acima, a GPU desse smartphone já está um tanto ultrapassada. Umas das consequência disto é a impossibilidade de gravar vídeos em resolução superior a 480p (24 FPS).
Já comentamos a maestria da LG com painéis de LCD em outras ocasiões. Infelizmente, a experiência da empresa nessa área não faz muita diferença para o Optimus Hub. Estamos falando de um display de resolução baixa (320 x 480 pixels) e gama de cores estreita (apenas 256.000).
Mesmo para um telefone de tela pequena (3,5 polegadas), tais características são simplesmente indesejáveis. A resolução baixa pode até ser ignorada até certo ponto, mas a falta de fidelidade na reprodução das cores, causada pelo número reduzido de tons da tela, pode ser muito prejudicial para vídeos e fotos.
Se a tela tem poucas qualidades, pelo menos ela não demanda muita energia. O mesmo pode ser dito a respeito do processador, o que resultou em uma duração de bateria muito boa. O Optimus Hub suportou 508 minutos de ligação contínua, com Wi-Fi e Bluetooth ligados.
O design do Optimus Hub pode não ser atraente, mas é prático. A LG deixou a entrada para cartão microSD na lateral, o livra o usuário da chateação que é tirar a bateria toda vez que se deseja trocar o cartão. Por outro lado, o SIM permanece nessa posição inconveniente o que nos impede de recomendar esse telefone para quem utiliza mais de um plano de telefone.
São Paulo - Neste smartphone intermediário com bom acabamento e recursos decentes, o Wi-Fi pode ser aproveitado para conexão direta com outro dispositivo sem necessidade de roteador. A interface personalizada da LG para o Android tem boas sacadas, como o agrupamento de categorias no menu de pinça com os dedos.
O Optimus Hub é um daqueles aparelhos que exigem contorcionismos extraordinários por parte dos engenheiros para projetar o melhor gadget possível com os recursos (bem) escassos de que dispõe. Portanto, o poder modesto do system-on-a-chip MSM 7227T utilizado nesse smartphone não surpreende.
Trata-se de um único núcleo ARM (800 MHz) que segue a arquitetura ARMv6, uma geração mais velha que as CPU Cortex-A utilizadas em celulares intermediários e avançados. A performance geral do aparelho é aceitável, mas eventuais consumidores terão que se acostumar com os curtos atrasos que permeiam toda a interface do aparelho. Optar por um telefone mais barato envolve a aceitação de algumas limitações: em geral, aplicativos recém lançados farão o Optimus Hub transpirar de esforço.
Por desatualizada que possa ser, a CPU ainda é capaz de relizar as tarefas básicas de um smartphone (push de e-mail, navegação na internet, reprodução de vídeos, etc.) sem grandes percalços. A LG foi engenhosa o suficiente para instalar a GPU Adreno 200 no Optimus Hub, o que alivia um pouco da carga sustentada pelos ombros esquálidos do processador. A Adreno 200 não é, de maneira alguma, um chip de processamento gráfico novo.
No entanto, ela é mais nova do que a arquitetura ARMv6 e traz consigo alguns recursos indispensáveis para telefones que almejam o título “smartphone” nos dias de hoje. O Open GL ES 2.0, por exemplo, está presente na lista de API suportadas. Sem entrar em detalhes, podemos afirmar que o Optimus Hub é relativamente competente quando o assunto é lidar com gráficos.
Outra faceta dos componentes internos que passou pela tesoura do corte de custos é armazenamento. O Optimus Hub oferece uma nesga de memória interna e um cartão microSD de apenas 4 GB. Se o objetivo é apenas instalar aplicativos, essa quantidade de memória é aceitável. Entretanto, não demora muito para atingir o limite de armazenamento com músicas e vídeos.
Estar conectado, nos vários sentidos da palavra, é umas das razões mais fortes que se pode levantar para justificar a compra de um smartphone. A LG reconhece esse fato e, apesar das restrições de orçamento que assombram todos os aparelhos básicos e intermediários, não permitiu que o Optimus Hub desapontasse nesse quesito.
A lista de portas é composta por microUSB, P2, Wi-Fi, Bluetooth, A-GPS e as redes GSM e 3G. Nada fora do convencional, mas o bastante para satisfazer qualquer pessoa. A LG encontrou até mesmo espaço para incluir uma versão mais nova do Bluetooth, a 3.0.
O Optimus Hub se comunica com o usuário através da customização Optimus UI do Android, quase a mesma utilizada em outros aparelhos da companhia, excetuando algumas diferenças para os aparelhos mais novos. No geral a customização é boa, com foco especial na forma de organiza os ícones.
Gostamos do modo de exibição que oculta os itens para mostrar as apenas as categorias: um movimento de pinça é o bastante para tê-las ao alcance dos dedos. Há que se considerar, entretanto, que o Android utilizado é o Gingerbread (versão 2.3.4, no caso). Trata-se de um sistema maduro, mas é preciso lembrar que as chances de upgrade para o Ice Cream Sandwich são exíguas.
A seleção de aplicativos pré-instalados é, compreensivelmente, fraca. O leitos de documentos do Office Polaris Viewer está presente, mas, como o nome denota, apenas exibe os arquivos sem a possibilidade de edição. No entanto, há dois aplicativos que atenção e elogios: o SmartShare e o Wi-Fi Cast.
O primeiro é um servidor de DLNA que faz streaming de vídeos, fotos e música para outros aparelhos. O segundo, que mencionamos indiretamente no início da resenha, serve para compartilhar efetivamente os arquivos entre o smartphone e outro eletrônico.
Como reprodutor de mídia o Optimus Hub é bem versátil. Ouvimos música em MP3, WAV, WMA e eAAC+ no player nativo. Quanto aos vídeos, o player não rejeita DivX, Xvid, H.263, H.264 e WMV. O software em si é muito simples: apenas exibe a capa dos álbuns de música e não oferece nenhum ajuste de equalização. Quem se aventurar a ouvir música sem fones, terá que se contentar com um som de pouca nitidez.
Para um telefone com câmera de 5 MP, o Optimus Hub produz imagens relativamente boas. Falta um pouco de detalhe, sem dúvida, mas o grande problema da câmera não é a definição das linhas. São as cores que são maltratadas por esse smartphone, de tal forma que as fotos tiradas em modo automático parecem ter passado por um filtro sépia.
O nível ideal de vivacidade das cores é uma questão pessoal, mas é difícil não se sentir desanimado com o aspecto nublado das imagens. Como comentamos acima, a GPU desse smartphone já está um tanto ultrapassada. Umas das consequência disto é a impossibilidade de gravar vídeos em resolução superior a 480p (24 FPS).
Já comentamos a maestria da LG com painéis de LCD em outras ocasiões. Infelizmente, a experiência da empresa nessa área não faz muita diferença para o Optimus Hub. Estamos falando de um display de resolução baixa (320 x 480 pixels) e gama de cores estreita (apenas 256.000).
Mesmo para um telefone de tela pequena (3,5 polegadas), tais características são simplesmente indesejáveis. A resolução baixa pode até ser ignorada até certo ponto, mas a falta de fidelidade na reprodução das cores, causada pelo número reduzido de tons da tela, pode ser muito prejudicial para vídeos e fotos.
Se a tela tem poucas qualidades, pelo menos ela não demanda muita energia. O mesmo pode ser dito a respeito do processador, o que resultou em uma duração de bateria muito boa. O Optimus Hub suportou 508 minutos de ligação contínua, com Wi-Fi e Bluetooth ligados.
O design do Optimus Hub pode não ser atraente, mas é prático. A LG deixou a entrada para cartão microSD na lateral, o livra o usuário da chateação que é tirar a bateria toda vez que se deseja trocar o cartão. Por outro lado, o SIM permanece nessa posição inconveniente o que nos impede de recomendar esse telefone para quem utiliza mais de um plano de telefone.