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Lançamento de iPhone 6 atrai poucos interessados em SP

Ao invés de filas quilométricas e muita gente famosa, festa de lançamento da nova versão do aparelho da Apple reuniu poucas pessoas em São Paulo

Fila: no shopping Eldorado, em São Paulo, cerca de 15 clientes esperavam chegar a meia-noite para garantir um iPhone 6 (Gabriel Garcia/Info)

Fila: no shopping Eldorado, em São Paulo, cerca de 15 clientes esperavam chegar a meia-noite para garantir um iPhone 6 (Gabriel Garcia/Info)

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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2014 às 13h37.

São Paulo - A crise econômica parece ter chegado ao bolso dos clientes da Apple. Se os lançamentos das novas versões do modelo costumavam formar longas filas nas madrugadas, atrair famosos e ser sucesso de arrecadação logo nos primeiros minutos de venda, o lançamento dos iPhone 6 e 6 Plus no país pode ser considerado um fracasso de público. Nem ao menos os famosos apareceram na mesma quantidade.

Na quinta-feira (13), no lançamento do aparelho na loja da TIM no shopping Eldorado, em São Paulo, cerca de 15 clientes esperavam chegar a meia-noite para garantir um iPhone 6. “No ano passado, a fila dava voltas, chegava a descer a escada do shopping”, afirma Daniel Oka, analista de sistema de 33 anos.

Funcionários da loja também se mostravam decepcionados com o baixo número de interessados em comprar o aparelho nos primeiros minutos de venda. “Duvido que o estoque termine nesses primeiros dias, como sempre acontece. Neste ano, o preço vai assustar um pouco”, disse um vendedor.

No mesmo shopping, lojas da Claro e da Vivo também promoviam eventos de lançamento para o aparelho, também com pouca gente esperando para comprar uma unidade.

A versão desbloqueada mais barata vendida nas lojas, o iPhone 6 de 16 GB, saia por 3 199 reais. A mais cara, o iPhone 6 Plus de 128 GB custava 4 399 reais.

No ano passado, no lançamento do iPhone 5S e 5C, a primeira pessoa da fila havia chegado às 6h, conforme a INFO mostrou.

Neste ano, o primeiro da fila era o motorista André Gomes, de 35 anos, que estava na porta da loja desde às 21 horas. “Achei que havia vindo no dia errado quando vi que não tinha ninguém”, disse Gomes.

Se dizendo um “applemaniaco”, o motorista de Osasco compra todas as versões do aparelho desde o iPhone 3. “Não importa o preço, eu sempre quero comprar no primeiro dia”, afirmou.

Logo atrás de Gomes, Oka reclamava que não estavam servindo champanhe na fila da TIM, como nos últimos anos. “Fiquei sabendo que na fila da Vivo aqui embaixo eles estão servindo”, disse.

Esvaziado

Enquanto isso, acontecia do lado de dentro da loja uma pequena festa, onde taças de espumantes eram servidas ao lado de canapés.

Ao invés de um DJ, um funcionário da empresa escolhia sucessos da música pop no computador. Mas, nem as celebridades, atraídas pelo iPhone recebido como cachê pela presença, apareceram em peso.

As apresentadoras Astrid Fontenelle e Didi Wagner chegaram, tiraram fotos com executivos da TIM, e sumiram após dez minutos de presença: um funcionário levou o aparelho para elas fora da loja, pois o combinado era que os VIPs recebessem o iPhone 6 apenas depois da meia-noite.

A modelo Nicole Bahls, que era esperada com ansiedade pelos seguranças da porta da loja, não apareceu.

O ator Felippe Titto, que chegou quase na hora do lançamento, foi o mais assediado e dizia estar procurando um aparelho para a esposa. “Uso mais para redes sociais, sempre tomando cuidado com a privacidade”, afirmou.

 


Fã de Steve Jobs, a apresentadora Penélope Nova dizia entender porque as pessoas fazem fila para comprar algo tão caro: “É um objeto de desejo. Não dá pra viver sem, ele junta muita coisa dentro de uma só.”

À meia-noite, ao invés de festa, fanfarra e gritaria dos vendedores da TIM, uma executiva da empresa agradeceu formalmente às pessoas que formavam a pequena fila. A entrada dos clientes foi silenciosa, quase solene, enquanto eles se espalhavam pelas mesas da loja para escolherem seus planos.

Mesmo com o lançamento esvaziado, o diretor de marketing da TIM Brasil Roger Solé, afirma que o aparelho da Apple ainda é o único que faz tanto barulho em seu lançamento no Brasil.

“O Galaxy melhora a cada ano, e o Moto X e o Xperia também são ótimos aparelhos. Mas iPhone é iPhone”, disse Solé, que espera vendas altas do novo aparelho da Apple até o início de janeiro.

Apesar de não ter sido a primeira a chegar, a aposentada Telma Rodrigues, de 67 anos, foi a primeira pessoa a comprar o iPhone 6 na loja.

Por ser idosa, conseguiu atendimento preferencial. Ao lado do filho, que carregava orgulhoso a caixa de som Harman-Kardon que a operadora deu de brinde, Telma disse que era o primeiro iPhone que ela havia comprado. “Estava precisando de um telefone celular”, disse.

 

Nenhum dos dez clientes entrevistados pela INFO iria comprar o iPhone 6 Plus. Meia hora depois das portas abrirem, quase todos os clientes já tinham seu iPhone 6 nas mãos. A exceção foi André Gomes, o primeiro cliente a chegar na fila da loja da TIM, deixou a loja sem sacola na mão. “Tive um problema, tenho que ir embora”, disse de cara fechada. Estava caro demais? Gomes simplesmente fez um sinal de positivo e saiu andando pelo shopping vazio, com seu velho iPhone 5 na mão.

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