Kodak sai de moratória e busca se reinventar
Nova York - A Kodak saiu finalmente na terça-feira da moratória declarada em janeiro do ano passado, mas como uma empresa muito menor e muito diferente da lendária...
Da Redação
Publicado em 5 de setembro de 2013 às 08h58.
Nova York - A Kodak saiu finalmente na terça-feira da moratória declarada em janeiro do ano passado, mas como uma empresa muito menor e muito diferente da lendária firma que mudou totalmente o mundo fotográfico, focada agora na impressão comercial.
"Emergimos como uma companhia tecnológica que oferece serviços de imagem para os negócios, incluindo embalagem, impressão funcional, comunicações gráficas e serviços profissionais", disse hoje o comunicado do presidente e executivo-chefe da Kodak, o espanhol Antonio Pérez.
Como estava previsto, a empresa apresentou no Tribunal de Falências do Distrito Sul de Nova York uma notificação informando de sua saída oficial da moratória, que estava engatilhada há duas semanas, quando o juiz Allan Gropper deu sinal verde ao plano apresentado pela Kodak.
"Fomos revitalizados por nossa transformação e agora estamos nos reestruturando para nos transformar em um formidável concorrente, menor, com uma sólida estrutura de capital, um balanço saneado e com a melhor tecnologia da indústria", afirmou o diretor.
Como parte do plano de saída da moratória, todas as ações comuns da Kodak foram canceladas, e a empresa emitiu novos títulos entre os investidores que participaram de sua emissão de direitos e oferecerá outra classe de ações aos credores não preferenciais.
Está previsto que a companhia solicite a algum dos principais mercados de valores de Nova York que suas ações voltem a cotar em bolsa (deixaram de ser negociadas na bolsa quando declarou moratória), algo que poderia começar a ocorrer semana que vem nos mercados secundários.
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Durante este ano e meio, a companhia se dedicou à venda de várias de suas áreas de negócio, como o serviço online de compartilhamento de fotografias e suas patentes tecnológicas, pelas quais lucrou US$ 525 milhões, longe dos US$ 2 bilhões que esperava arrecadar.
No final de abril a empresa fechou um acordo com seu maior credor, o plano de previdência no Reino Unido, para vender por US$ 650 milhões seu negócio de imagens personalizadas e escaneador de documentos, o que significa que 3.200 de seus funcionários trabalharão agora para esse fundo.
A companhia de Rochester, Nova York, foi fundada em 1880 pelo inventor George Eastman e alcançou uma linha de crédito de US$ 895 milhões dos bancos JPMORGAN Chase, Bank of America e Barclays para financiar suas operações assim que saísse da moratória.
Sobrecarregados com uma dívida de mais de US$ 6,7 bilhões, a Kodak se adequou ao Capítulo 11 da Lei de Falências americana em janeiro de 2012 após anos nos quais não soube tirar proveito de suas próprias invenções, como a câmera digital, que não explorou por medo de afetar seu negócio de revelação tradicional.