Tecnologia

Klout firma-se como termômetro da influência na web

O índice Klout, que mede a influência da pessoa nas redes sociais, começa a ser citado até no currículo de profissionais em busca de emprego

Por meio de um índice numérico, o Klout indica a influência de pessoas, empresas e marcas na web  (Reprodução)

Por meio de um índice numérico, o Klout indica a influência de pessoas, empresas e marcas na web (Reprodução)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 23 de novembro de 2011 às 16h26.

São Paulo — Você é uma pessoa influente? Se não tiver certeza sobre isso, pergunte ao Klout. O site americano que mede – por meio de uma escala de zero a cem – o nível de influência de pessoas, organizações e marcas nas redes sociais começa a virar febre. O índice Klout já é visto até em currículos de profissionais em busca de emprego.

O Klout leva em conta mais de 30 variáveis para calcular o índice de influência. São coisas como o número de pessoas que curtiram as publicações da pessoa no Facebook e a quantidade de retuítes que seus posts tiveram no Twitter. O site diz que faz esse cálculo para mais de 100 milhões de pessoas. De fato, basta que alguém tenha uma conta ativa no Twitter para que apareça no Klout.

O usuário pode enriquecer seu perfil associando, a ele, contas de serviços como Facebook, Flickr, Tumblr, LinkedIn e Google+. Segundo o Klout, isso aumenta a precisão do cálculo. Mas não ajuda, necessariamente, a melhorar a pontuação. O índice médio do site é cerca de 20. Chegar ao valor máximo, 100, é uma meta quase impossível.

Os campeões

O astro teen Justin Bieber conseguiu a nota máxima. Já Lady Gaga atingiu 92, pontuação que a posiciona como uma das mulheres mais influentes das redes sociais. Entre os brasileiros, Rafinha Bastos – que chegou a ser apontado como a personalidade mais influente do Twitter neste ano – tem índice Klout 83. Luciano Hulk fica com 78. E a presidente Dilma Rousseff soma 65 pontos. 

Também há empresas brasileiras bem avaliadas. A TAM, por exemplo, é a nona companhia aérea mais influente nas redes sociais segundo o Klout. Seu índice é 65. As campeãs são a Delta e a Virgin America, empatadas com 70 pontos. Além de informar o índice, o site lista tópicos em que a pessoa é considerada influente. EXAME.com, por exemplo, tem índice 71 e influencia pessoas em 12 tópicos. A lista inclui assuntos como Economia, Negócios, Steve Jobs, iPhone e Brasil.


O site ainda classifica os usuários em 16 categorias como Observador, Socializador ou Celebridade. Essa classificação leva em conta a frequência com que a pessoa publica informações, a variedade de assuntos que ela aborda e quanto suas publicações reverberam nas redes sociais. EXAME.com, por exemplo, foi classificada como “pundit”, termo que identifica especialistas que divulgam suas ideias na mídia.

Em maio deste ano, o Klout passou a conectar pessoas com alto índice de influência a empresas interessadas em divulgar produtos e serviços. Companhias como Starbucks, Audi, Virgin America e Danone fizeram promoções ou distribuíram produtos a esses usuários classificados como influentes. É o que o site chama de Perks. Mais de 250 mil desses brindes já foram distribuídos. 

A Audi, por exemplo, convidou pessoas com influência nas áreas de design, tecnologia e artigos de luxo para testar uma nova versão do automóvel Audi A8. Alguns poucos usuários foram premiados com a possibilidade de viajar com o carro, com todas as despesas pagas pela companhia.

Já a HP distribuiu laptops carregados com filmes do festival Cinequest a pessoas com influência na área de cinema. Naturalmente, as empresas fazem essas promoções na esperança de que essas pessoas passem a falar bem dos seus produtos. Mas não há garantia de que isso aconteça. 

Elitismo

O empreendedor Joe Fernandes idealizou o Klout em seu quarto enquanto se recuperava de uma cirurgia, em 2008. Ele e seu sócio Binh Tran colocaram o serviço no ar em 2009. O site é criticado pelo seu caráter elitista. Mas seu funcionamento é parecido com o de concorrentes como PeerIndex e Twitter Grader. E, ao que parece, esse modelo veio para ficar. O jeito é ir se acostumando a ser avaliado por um índice.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaFacebookGoogleInternetLinkedInRedes sociaisTwitter

Mais de Tecnologia

Como o Google Maps ajudou a solucionar um crime

China avança em logística com o AR-500, helicóptero não tripulado

Apple promete investimento de US$ 1 bilhão para colocar fim à crise com Indonésia

Amazon é multada em quase R$ 1 mi por condições inseguras de trabalho nos EUA