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Kim Kardashian diz que vai participar de boicote ao Facebook e Instagram

Ela compartilhou no Twitter uma publicação em prol do boicote 'Stop Hate for Profit' e disse que irá 'congelar' suas contas nas redes sociais

Kim Kardashian: celebridade e empresária se une a boicote às redes sociais do Facebook (David Livingston/Getty Images)

Kim Kardashian: celebridade e empresária se une a boicote às redes sociais do Facebook (David Livingston/Getty Images)

TL

Thiago Lavado

Publicado em 15 de setembro de 2020 às 17h45.

Última atualização em 15 de setembro de 2020 às 18h26.

A celebridade e empresária Kim Kardashian West cansou do Instagram e do Facebook. Ela anunciou hoje, para seus quase 67 milhões de seguidores no Twitter e mais de 188 milhões de seguidores no Instragram, que irá "congelar" sua conta nas redes sociais na quarta-feira, 16, como forma de participação do boicote Stop Hate for Profit ("Dê um basta no ódio pelo lucro", numa tradução livre).

O movimento ganhou força entre junho e julho, quando diversas empresas e anunciantes afirmaram que iriam deixar de anunciar seus produtos no Facebook enquanto a plataforma não tomasse atitudes mais efusivas para lidar com problemas de discurso e manifestação de ódio na rede. "Eu não posso ficar sentada em silêncio enquanto essas plataformas continuam a permitir a disseminação do ódio, propaganda e desinformação", disse Kardashian em sua publicação.

O movimento Stop Hate for Profit ganhou corpo e obrigou o Facebook a se pronunciar sobre o assunto, com a empresa dizendo que irá se submeter a uma auditoria para analisar sua política de anúncios. Anunciantes como Starbucks, Coca-Cola e outros gigantes aderiram à campanha e congelaram momentaneamente publicidade na rede.

Para piorar o caso, em meio à polêmica foi finalizada uma auditoria externa, contratada pela rede social, que apontou que o Facebook falhou em não remover publicações do presidente Donald Trump que violaram regras da plataforma. O relatório também apontou para diversos problemas em como o Facebook lida com casos de direito civil na plataforma.

A auditoria também criticou a empresa de não tomar medidas adequadas contra mentiras e desinformação compartilhadas por políticos. "Em todos os casos o Facebook afirmou que as publicações não violaram os padrões da comunidade. Os auditores vigorosamente deixaram claro seu desacordo, conforme acreditamos que essas publicações claramente violaram as políticas do Facebook", disse o relatório dos auditores na ocasião.

Na publicação desta terça, Kardashian afirmou que "desinformação compartilhada nas redes sociais tem um sério impacto nas nossas eleições e mina nossa democracia". Muitos usuários a criticaram e lembraram da participação de seu marido, o cantor Kanye West, nas eleições americanas. Kanye anunciou que se candidataria à Presidência dos Estados Unidos, o que foi interpretado por muitas pessoas como uma decisão que iria amplificar ainda mais a divisão política no país. West perdeu o prazo para concorrer à Presidência dos Estados Unidos.

 

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