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Jovem fica rico com VPN para invadir computadores da escola

O britânico Jack Cator tem 26 anos e lançou sua empresa com a experiência que ele acumulou hackeando computadores na adolescência

O britânico Jack Cator, atual chefe executivo da HMA (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2015 às 17h57.

São Paulo - Uma das maiores redes virtuais privadas (VPN) do mundo acaba de ser comprada pela AVG – grupo conhecido por criar software de segurança – por 40 milhões de libras.

Chamado Hide My Ass – algo como "esconda minha bunda" em inglês –, o serviço tem hoje mais de dois milhões de usuários.

Mas o mais excepcional nessa ferramenta não é sua capacidade de alterar o IP e permitir que um usuário navegue na internet de forma anônima. Nem mesmo seu nome. E sim o jovem por trás do negócio milionário.

O britânico Jack Cator, atual chefe executivo da HMA, tem 26 anos e fundou o serviço na casa dos pais, dez anos atrás. Atualmente, a empresa tem 100 funcionários alojados em um escritório em Londres.

Prodígio da programação, Cator criou o HMA aos 16 anos porque não gostava de serviços de VPN disponíveis àquela época – complicados de usar e lotados de publicidade, na opinião dele.

Foi aí que decidiu criar uma solução própria. Tudo isso para acessar sites de jogos e de música que a escola, na pequena cidade de Norflk, na Inglaterra , bloqueava para seus alunos.

Cator tornou a diversão – e conveniência – de contornar os filtros da escola em seu próprio negócio. Ele precisou de uma única tarde para programar e lançar o site.

A possibilidade de "esconder a bunda" se tornou viral. Em um mês, o HMA já somava milhares de usuários ao redor do mundo e, por meio de um mecanismo simples de comissões por vendas online, atingiu uma receita de 15 mil libras por ano.

Com a experiência adquirida desde os 11 anos, quando lançou seu primeiro site, Cator continuou a expansão do serviço, atraindo mais e mais usuários.

E eles não o utilizavam apenas para acessar músicas e jogos online. Muitos buscavam por sites de notícias em regiões monitoradas, como no Oriente Médio, por exemplo. O HMA passou a servir também a uma boa causa, ele pensou.

Cator ingressou nos estudos de computação em Norwich e passou a contratar freelancers para trabalhar para ele, de lugares como Ucrânia e Sérvia.

Foi em 2009, quando ele criou uma modalidade paga do serviço, que a empresa começou a faturar. Dois anos depois, eles se mudavam para o atual escritório, no bairro londrino Soho.

Mas, se por um lado o HMA protege seus usuários na internet, ele pode também dar a chance de pessoas encobrirem crimes online. Em relação a isso, a política da companhia é clara – eles se dizem contrários a esse tipo de ação, e garantem que entregariam usuários à polícia se necessário.

O sucesso fez o grupo lançar recentemente um novo serviço, que funciona com o mesmo propósito, porém com um nome mais discreto: o Hide My Phone, aplicativo disponível na App Store e Google Play.

O programa permite que o usuário consiga um número adicional no seu smartphone, útil para quando este não quer fornecer o número real a uma pessoa, ou até para paquerar virtualmente.

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São Paulo - Uma das maiores redes virtuais privadas (VPN) do mundo acaba de ser comprada pela AVG – grupo conhecido por criar software de segurança – por 40 milhões de libras.

Chamado Hide My Ass – algo como "esconda minha bunda" em inglês –, o serviço tem hoje mais de dois milhões de usuários.

Mas o mais excepcional nessa ferramenta não é sua capacidade de alterar o IP e permitir que um usuário navegue na internet de forma anônima. Nem mesmo seu nome. E sim o jovem por trás do negócio milionário.

O britânico Jack Cator, atual chefe executivo da HMA, tem 26 anos e fundou o serviço na casa dos pais, dez anos atrás. Atualmente, a empresa tem 100 funcionários alojados em um escritório em Londres.

Prodígio da programação, Cator criou o HMA aos 16 anos porque não gostava de serviços de VPN disponíveis àquela época – complicados de usar e lotados de publicidade, na opinião dele.

Foi aí que decidiu criar uma solução própria. Tudo isso para acessar sites de jogos e de música que a escola, na pequena cidade de Norflk, na Inglaterra , bloqueava para seus alunos.

Cator tornou a diversão – e conveniência – de contornar os filtros da escola em seu próprio negócio. Ele precisou de uma única tarde para programar e lançar o site.

A possibilidade de "esconder a bunda" se tornou viral. Em um mês, o HMA já somava milhares de usuários ao redor do mundo e, por meio de um mecanismo simples de comissões por vendas online, atingiu uma receita de 15 mil libras por ano.

Com a experiência adquirida desde os 11 anos, quando lançou seu primeiro site, Cator continuou a expansão do serviço, atraindo mais e mais usuários.

E eles não o utilizavam apenas para acessar músicas e jogos online. Muitos buscavam por sites de notícias em regiões monitoradas, como no Oriente Médio, por exemplo. O HMA passou a servir também a uma boa causa, ele pensou.

Cator ingressou nos estudos de computação em Norwich e passou a contratar freelancers para trabalhar para ele, de lugares como Ucrânia e Sérvia.

Foi em 2009, quando ele criou uma modalidade paga do serviço, que a empresa começou a faturar. Dois anos depois, eles se mudavam para o atual escritório, no bairro londrino Soho.

Mas, se por um lado o HMA protege seus usuários na internet, ele pode também dar a chance de pessoas encobrirem crimes online. Em relação a isso, a política da companhia é clara – eles se dizem contrários a esse tipo de ação, e garantem que entregariam usuários à polícia se necessário.

O sucesso fez o grupo lançar recentemente um novo serviço, que funciona com o mesmo propósito, porém com um nome mais discreto: o Hide My Phone, aplicativo disponível na App Store e Google Play.

O programa permite que o usuário consiga um número adicional no seu smartphone, útil para quando este não quer fornecer o número real a uma pessoa, ou até para paquerar virtualmente.

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