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Jornalista cria "spotify" de notícias para atrair jovens

A plataforma oferece a possibilidade de escolher um artigo do "The New York Times", outro do "Washington Post" ou uma reportagem da "Time" por cerca de US$ 0,40


	Blendle: muitos veículos de imprensa qualificaram esta plataforma como o novo Spotify ou o Netflix do jornalismo
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Blendle: muitos veículos de imprensa qualificaram esta plataforma como o novo Spotify ou o Netflix do jornalismo (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2016 às 13h52.

Viena - Pagar só pelas notícias que lhe interessam, sem a necessidade de comprar todo o jornal ou revista, é a fórmula proposta pela plataforma Blendle para que os jovens se atraiam pela informação, seguindo a fórmula usada pelo Spotify com a música.

"As pessoas jovens sabem que os artigos oferecidos pelos veículos de imprensa são muito melhores e interessantes do que os encontrados de graça na internet e pagariam por eles, mas não para comprar uma revista ou um jornal inteiro", garantiu à Agência Efe o jornalista holandês Maarten Blankesteijn, criador do Blendle junto a Alexander Klöpping.

O que oferece esta plataforma é a possibilidade de escolher um artigo do "The New York Times", outro do "Washington Post" ou uma reportagem da "Time" por cerca de US$ 0,40.

O holandês teve essa ideia quando estava diante de uma prateleira com muitas revistas e só ficou interessado por um ou dois artigos, explicou Blankesteij à Agência Efe durante o congresso Global Editors Network, que termina hoje em Viena.

"Não queria comprar 20 revistas e gastar quase 100 euros para ler um par de artigos de cada uma. Então pensei que deveria existir algo para poder ler e pagar pelos artigos que me interessassem de cada jornal ou revista", explicou.

"Na Holanda temos centenas de milhares de usuários em um país pequeno. A maioria deles tem menos de 40 anos e o maior grupo é formado por jovens de entre 20 e 30 anos", detalhou.

A plataforma conta com cerca de 800 mil usuários que pagam entre US$ 0,19 e US$ 0,39 por um artigo de jornal, enquanto os de revistas custam de US$ 0,09 a US$ 0,49.

Muitos veículos de imprensa qualificaram esta plataforma como o novo Spotify ou o Netflix do jornalismo, uma denominação com a qual estão de acordo seus criadores.

"O Spotify sugere música que o usuário não está buscando e isso é algo que o Blendle também faz porque, se nós vemos que se interessa por política, te ofereceremos artigos de política de revistas ou jornais que não tenha visto antes", argumentou.

Na plataforma só é possível ler o título e o primeiro parágrafo, por isso que, se a um usuário não gostar do artigo ou não for o que esperava, o dinheiro é devolvido.

Atualmente, o Blendle tem disponíveis jornais e revistas da Holanda, Alemanha e Estados Unidos como "The New York Times" e "The Washington Post".

"Os jornais se unem a nós porque também querem atrair e se dirigir à audiência jovem e porque é fácil para eles. Não fazem nada, só recebem o dinheiro quando alguém leu algum de seus artigos e ganham milhões", explicou o fundador.

A plataforma embolsa 30% do dinheiro de cada artigo e o resto vai para os próprios meios de comunicação.

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