Baleia (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 9 de abril de 2014 às 05h56.
O Japão pescou 251 baleias em sua campanha anual na Antártida, mais que o dobro do ano anterior, mas apenas a quarta parte da captura prevista neste programa que a Corte Internacional de Justiça (CIJ) decidiu revogar em março por considerá-lo ilegal.
O pouco volume responde, segundo explicaram fontes da Agência Japonesa de Pesca à emissora pública "NHK", ao assédio que a frota sofre de grupos ambientalistas.
No entanto, o número é mais que o dobro quando comparado com as 103 da campanha passada, na qual a associação Sea Shepherd pressionou ainda mais os baleeiros japoneses.
Nesta ocasião, os navios japoneses zarparam no último mês de dezembro do porto de Shimonoseki (sudoeste) e ficaram dois meses e meio no mar.
Este era um dos dois programas com fins científicos que o Japão realizava até que no último dia 31 de março a CIJ ordenou o país a revogar as permissões de caça de baleias na Antártida por não ajustar-se aos "fins científicos" exigidos pela legislação internacional.
O país asiático anunciou que acatará a decisão, que só afeta este programa, mas, por enquanto, manterá sua campanha de captura de baleias com fins científicos no Pacífico Norte, além de seguir pescando com fins comerciais espécies menores de cetáceos, como golfinhos, em suas costas.
Além disso, o ministro da Pesca japonês, Yoshimasa Hayashi, não descartou a possibilidade que no futuro o Japão proponha um novo programa científico, cujas características difiram das atuais, para pescar na Antártida.