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iPhones 12 entram em pré-venda: é o começo de um super ciclo para a Apple?

Último pico significativo de vendas do aparelho foi em 2017, mas analistas estimam que boa parte dos usuários pode trocar de smartphone este ano

iPhone 12 Pro: novos aparelhos podem significar período de vendas fortes para a Apple (Apple/Divulgação)

iPhone 12 Pro: novos aparelhos podem significar período de vendas fortes para a Apple (Apple/Divulgação)

TL

Thiago Lavado

Publicado em 16 de outubro de 2020 às 06h00.

Última atualização em 16 de outubro de 2020 às 07h21.

A Apple não quer saber de perder tempo quando se trata dos novos iPhone 12. Apresentados na última terça-feira, eles entram em pré-venda em 30 países selecionados nesta sexta-feira (16) — o Brasil não é um deles, por aqui os aparelhos serão trazidos "em breve", segundo a empresa. Os aparelhos serão enviados para esses mercados apenas.

O lançamento terá um calendário um pouco diferente este ano. Acostumada a sempre liberar os aparelhos para a pré-venda à meia noite em cada um dos mercados habilitados para a compra, a partir de agora a Apple vai concentrar a pré-venda no site da fabricante no mesmo horário (às 5h da manhã na Califórnia, 9h da manhã no Brasil). Isso vai impedir que os estoques se esgotem num país como a Alemanha, por exemplo, e leve consumidores europeus a comprarem o iPhone no site da Apple na Inglaterra.

A mudança pode ser um indício de que a empresa espera o mesmo que muitos analistas de mercado: uma demanda forte pelo novo smartphone. De acordo com dados da consultoria Wedbush Securities, obtidos pelo portal Business Insider, há cerca de 350 milhões de iPhones prontos para serem trocados por modelos novos. O dado pode indicar um dos maiores super ciclos de venda do iPhone dos últimos anos. O último pico do smartphone foi há três anos, quando a empresa vendeu 77 milhões de unidades do iPhone no quarto trimestre de 2017.

Mesmo naquela época, as vendas totais do iPhone -- produto que é o carro-chefe da empresa -- estavam em declínio em relação aos anos anteriores. Mas o momento pode finalmente ter chegado: analistas estimam que 30% dos iPhones em circulação têm três anos ou mais de uso.  Geralmente, este é o momento em que uma troca por um modelo mais novo acontece.

Os novos iPhone 12 têm um design novo, câmeras melhores, conexão com 5G e processador de última geração, motivos que podem atrair  o consumidor. Apesar disso, estamos no meio de uma pandemia, com muitas pessoas cortando custos superflúos, o que inclui um smartphone de cerca de 1.000 doláres. Pesa também a falta de acessórios, como carregador e fone de ouvido, retirados das embalagens este ano. A nova conexão 5G é uma espécie de fardo abençoado — é uma tecnologia que será muito importante, mas segue atrasada em alguns países e regiões de menor acesso, o que pode ter um apelo reduzido para muitos consumidores.

Ainda vai levar alguns meses para saber os resultados do novo iPhone 12 no balanço da Apple. Mas, até agora, uma operadora de Taiwan, que colocou o aparelho na pré-venda, esgotou o estoque em 45 minutos. Se o fato se repetir em outros países, bom para a Apple.

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