O iPad mini Retina é o mais novo tablet da Apple. Ele conta com a mesma configuração de hardware do seu irmão mais velho, o iPad Air, mas tem uma tela menor, em vez de 9,7 polegadas, são 7,9 polegadas. Uma das principais inovações é no display, que agora conta com a tecologia chamada Retina, que oferece uma melhor qualidade de imagem do que a geração anterior do tablet.

Assim como o iPhone 5s e o iPad Air, o iPad mini Retina  tem processador A7 Cyclone dual core de 64 bits com velocidade máxima de 1,3 GHz e arquitetura ARMv8 — esse ainda é o único chip com essa configuração disponível em um tablet, mesmo quatro meses após o lançamento do aparelho. 

Vale destacar que esta segunda edição do tablet de 7,9 polegadas da Apple conta com suporte à rede 4G brasileira. O aparelho, infelizmente, não conta com o sensor biométrico Touch ID, presente exclusivamente no iPhone 5s, que permite o desbloqueio de tela, bem como a autorização de transações na App Store ou no iTunes apenas colocando o dedo sobre o botão "home" do aparelho.

O design não sofreu mudanças drásticas, portanto, ele continua ergonômico e prático de carregar no dia a dia. 

             http://info.abril.com.br/reviews/fotonoticias/review-ipad-mini-retina.shtml?embed=s
Design e construção

Com uma largura de 13,5 cm, altura de 21 cm e 0,7 cm de profundidade, ele se destaca pelo peso de apenas 345g. Confira abaixo um histórico do peso das seis edições prévias do iPad:

- iPad  (1ª geração)  - 680/730 gramas (3G/Wi-Fi) -
- iPad 2 (2ª geração) – 605/601  gramas (3G/Wi-Fi) 
- iPad (3ª geração) – 662/650 gramas (3G/Wi-Fi) 
- New iPad (4ª geração) – 662/650 gramas (3G/Wi-Fi)
- iPad Air (1ª geração) - 308g/312g (3G/Wi-Fi)
- iPad Air (5ª geração) – 469/478 gramas (3G/Wi-Fi)

Disponível nas cores cinza espacial e prateado, o aparelho continua com uma tampa traseira de alumínio — não removível — aparentemente frágil e sujeita a riscos.Como não há texturas, por vezes o aparelho chegou a escorregar da mão durante o uso. É indicado usar uma capa protetora. 

As formas arredondadas das laterais do aparelho favorecem a ergonomia, usá-lo com apenas uma mão não é um desafio, na verdade, é confortável, considerando que ele é um tablet. 

Configuração

O tablet tem processador Cyclone A7 dual core de 1,3 GHz de 64 bits. Há seis edições, sendo elas com armazenamento de 16 GB, 32 GB ou 64 GB, cada uma delas com opções de ter ou não conexão 3G/LTE. O padrão de chip de operadora é um nano-sim. Em todas as  versões, há Bluetooth 4.0, GPS com GLONASS e conector P2 para uso do fone de ouvido — conexão HDMI só com adaptadores vendidos separadamente.

A configuração de hardware é acima da média, especialmente entre os produtos dessa categoria com telas de sete ou oito polegadas, como o Samsung Galaxy Note 8 ou Tab 3. O único tablet que é comparável é a segunda geração do Nexus 7, fabricado pela Asus, que ainda não chegou ao Brasil. 

             http://info.abril.com.br/reviews/fotonoticias/segunda-geracao-do-nexus-7-tem-otimo-desempenho-e-tela-de-alta-resolucao.shtml?embed=s

O iPad Air conta com a placa gráfica PowerVR SGX543MP2, que permite a execução de games pesados, como Real Racing 3 ou Injustice, sem travamentos. Além disso, há uma melhoria na memória RAM, que passou de 512 MB para 1 GB.

Ele também possui os seguintes sensores: acelerômetro, bússola e giroscópio. Eles ajudam a deixar o plano de fundo dinâmico, ou seja, quando movimentamos o aparelho o plano de fundo se movimenta discretamente — esse efeito é conhecido como Parallax e pode ser desativado nas configurações do sistema. 

No benchmark 3D Ice Storm, o tablet marcou pontos incalculáveis. Portanto, o INFOlab usou o chamado Ice Storm Extreme, em que o produto alcançou 10.263 pontos.

Bateria

A durabilidade da bateria do iPad mini Retina foi supreendentemente superior a de outros aparelhos da mesma categoria, e chegou até mesmo a superar a do iPad Air, com onze horas e cinquenta e três minutos, ele conseguiu chegar á liderança de autonomia de bateria entre todos os tablets já testados pelo INFOlab.

Sistema

O sistema é o iOS7, assim como nos demais dispositivos móveis recentes da Apple. Ele conta com uma nova barra de acesso rápido a funções como Wi-Fi, Bluetooth, calculadora e despertador apenas deslizando o dedo na tela de baixo para cima, em qualquer lugar do sistema (mesmo dentro de aplicativos de terceiros).

Quando damos dois cliques seguidos rapidamente no botão físico do aparelho o sistema abre as telas com os aplicativos abertos recentemente, assim podemos voltar para eles ou então fechá-los arrastando sua imagem de baixo para cima na tela (é possível fechar até três apps de uma só vez). 

O navegador nativo de internet, o Safari,agiu bem, funcionou e respondeu rapidamente aos comandos. Ele abriu, no máximo, 18 abas simultâneas. 

O redesenho da interface foi o maior da história da Apple no ambiente móvel e foi liderada pelo chefe de design da empresa Jonathan Ive. Inicialmente criticado pelo design levemente psicodélico, o sistema traz boas inovações em relação ao iOS6 e roda suavemente sobre o processador A7. Não houve engasgos de processamento durante os testes realizados no INFOlab.

No entanto, o sistema é pesado. Por exemplo, na edição com espaço interno de 64 GB, apenas 56,6 GB.estão disponíveis para o uso. 

Aplicativos

Photo Booth – Este aplicativo deixa disponível na tela nove efeitos de imagem (Câmera térmica, espelho, raio x, caleidoscópio, normal, túnel de luz, apertar, giro, estender) que pode ser escolhidos e logo depois tiramos tais fotos.

Vale lembrar que suíte de produtividade iWorks, que oferece aplicações semelhantes às do Microsoft Office, também pode ser baixada gratuitamente, bem como os tradicionais apps da Apple, como Find My Phone e Podcasts, por exemplo.

Câmera     

As câmeras do iPad mini Retina não mudaram muito em relação à edição anterior. A câmera principal tem um sensor de 5 MP (foto:2592 x 1944 pixels) e pode gravar vídeos em Full HD 1080p com 30 fps. Já a câmera frontal possui 1,2 MP filmando em 720p com 30fps. 

As fotos em macro ficaram bastante detalhadas, apesar de ficarem relativamente foscas. Os vídeos também apresentaram boa qualidade. 

Mesmo com a tela no brilho máximo, não é possível enxergar muito bem o que se passa no display. Isso realmente atrapalhou na hora de tirar fotos em áreas abertas com claridade intensa.

Considerações Finais

O iPad mini Retina é a melhor opção entre os tablets com tela de até 8 polegadas no mercado brasileiro. A chegada do Nexus 7 poderia afetar o mercado da Apple nesse segmento. Um empecilho para a compra do iPad mini Retina, como é comum entre os aparelhos da empresa, é o alto custo. Enquanto a maioria dos dispositivos com tela de oito polegadas custam, em média, 1.100 reais, ele é vendido a partir de 1.500 reais (16 GB) e chega a custar 2.300 reais (32 GB). No entanto, nenhum outro tablet já testado pelo INFOlab apresentou uma durabilidade de bateria tão grande quanto a dele. Outra vantagem é também que ele está disponível em uma edição de 64 GB, o que possibilita transportar toda a sua biblioteca de mídia no aparelho.

 

Ficha técnica

Processador	Apple A7 Cyclone 1,3 GHz (dual core)
GPU	PowerVR G6430
RAM	1GB
Armazenamento	16GB, 32GB ou 64GB
Wi-Fi	802.11 a/b/g/n (dual band)
Câmera	5 MP traseira ( Foto: 2592 x 1944 pixels e 1080p@30 fps); 1,2 MP frontal (vídeo em 720p@30fps)
Tela	7,9 polegadas (2048 x 1536 pixels)
Bateria	11h53
Peso	345g

Avaliação técnica

Prós	Configuração de alto nível e, consequentemente, o sistema flui muito bem; Resolução de tela alta para o seu tamanho
Contras	Peso poderia ser menor
Conclusão	Ótimas inovações em relação a primeira edição; um dos melhores tablets com tela reduzida
Configuração	9,0
Usabilidade	9,2
Bateria	9,4
Design	7,9
Média	9.0
Preço	R$ 1.500/ R$ 2.300