Internet: o desenrolar dos cabos
Mais um capítulo na regularização das franquias de dados de banda larga se desenrola hoje. Às 10 horas, a Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados se reúne com autoridades, presidentes das principais empresas de telefonia e representantes de organizações sociais para uma audiência pública sobre a implementação de tetos de uso de […]
Da Redação
Publicado em 18 de maio de 2016 às 05h49.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h57.
Mais um capítulo na regularização das franquias de dados de banda larga se desenrola hoje. Às 10 horas, a Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados se reúne com autoridades, presidentes das principais empresas de telefonia e representantes de organizações sociais para uma audiência pública sobre a implementação de tetos de uso de dados nos pacotes de internet.
A reunião é o início dos debates legislativos sobre o assunto, que deve continuar em pauta nos próximos meses. Com a mudança de governo, a pasta das Comunicações e a Anatel, agência nacional reguladora do setor, estão sob a alçada de Gilberto Kassab (PSD), que deve ficar responsável pelas discussões sobre o Marco Civil da Internet e as limitações de pacotes de dados. Em requerimento, os deputados que solicitaram a audiência afirmam que a ação das companhias de telecomunicações acontece “num momento em que se deveria fomentar a expansão do acesso a conteúdos online, não limitar o acesso do público a esses conteúdos”.
O quiproquó vem se desenrolando desde o início do ano, quando a Vivo anunciou que passaria a oferecer serviço de internet fixa com planos de pacotes de dados, como já acontece com a internet móvel. Ou seja: ao terminar o pacote de dados para navegação, a velocidade seria cortada ou reduzida. O consumo de dados passou a ser parte das preocupações das empresas à medida que os usuários de internet começaram a ver mais vídeos nos últimos anos, com a popularização de serviços como o Netflix.
A Anatel já proibiu as empresas de vender pacotes de franquias. A agência afirma que as empresas não fornecem aos usuários maneiras satisfatórias de controlar o próprio consumo. A decisão continua valendo. As companhias de internet estão longe de ser referência quando a questão é satisfação do consumidor. Os debates devem avançar. Espera-se que a qualidade do serviço também.