Intel e Micron investem bilhões para fazer chips fora da China
O CEO da Intel, Pat Gelsinger, voou à Polônia para anunciar uma nova instalação de microprocessadores de US$ 4,6 bilhões, um investimento americano recorde no país
Agência de notícias
Publicado em 16 de junho de 2023 às 11h03.
Última atualização em 16 de junho de 2023 às 11h05.
A Intel e a Micron planejam gastar bilhões de dólares em novas fábricas de chips, em umacorrida global para diversificar suprimentos de componentes críticosdiante das tensões com a China.
O CEO da Intel, Pat Gelsinger, voou à Polônia para anunciar uma nova instalação de microprocessadores de US$ 4,6 bilhões, um investimento americano recorde no país.A Micron está perto de um acordo para destinar pelo menos US$ 1 bilhão para uma fábrica de finalização de chips na Índia, segundo fontes.
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Washington tenta fortalecer as principais cadeias de suprimentos fora da China, enquanto trabalha para conter as ambições geopolíticas de Pequim. Os EUA fazem pressão para aumentar a capacidade de fabricação de chips avançados no país e em nações amigas, em meia a preocupações sobre a dependência mundial de polos asiáticos, como Taiwan, que a China reivindica como parte de seu território.
As empresas também aproveitam subsídios de governos estrangeiros ansiosos por garantir que o fornecimento de chips em seus próprios territórios seja assegurado e atraia empregos. Uma disparidade entre demanda e oferta no auge da pandemia de Covid-19 causou uma escassez generalizada que se espalhou para setores como automóveis e eletrônicos.
A Intel deve receber quase € 10 bilhões em subsídios do governo alemão para um complexo de fabricação de chips no leste do país, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto, que disseram que as negociações sobre o incentivo ocorrerão até o fim de semana.
“É uma boa notícia que muitas empresas estão atualmente tomando grandes decisões de investimento em relação à indústria de semicondutores na Alemanha”, disse o chanceler alemão Olaf Scholz. “Se todos esses planos se tornarem realidade, muita coisa vai se concretizar aqui.”
Scholz receberá Gelsinger, da Intel, em um evento em Berlim na segunda-feira.
China ainda é estratégica
A Micron também anunciou nesta sexta-feira que investiria outros US$ 600 milhões em uma instalação de finalização de chips existente em um polo na China, apesar de Pequim ter banido seus chips de infraestrutura doméstica crítica. O breve anúncio, publicada em chinês no serviço de mídia social local WeChat, ressalta a criação de empregos e benefícios para a economia doméstica, mas não detalhou outros objetivos.
O anúncio veio apenas algumas semanas após a decisão de Pequim de restringir os semicondutores da Micron por questões de segurança cibernética.