Inovação pode mudar vida de milhões de crianças, afirma UNICEF
Relatório da entidade diz que conectividade pode melhorar qualidade de vida de crianças pobres
Da Redação
Publicado em 20 de novembro de 2014 às 06h43.
A conectividade e a colaboração podem alimentar novas redes globais que permitam a milhões de crianças pobres ter acesso a inovações que melhorem sua qualidade de vida, destaca um relatório divulgado nesta quinta-feira (20) pela UNICEF, o Fundo das Nações Unidas para a Infância.
Apresentado em Nova York por ocasião do 25º aniversário da Convenção dos Direitos das Crianças, o relatório "Reimaginando o futuro: inovação para cada criança" destaca a necessidade de uma "ação urgente para se evitar que milhões de crianças fiquem à margem dos benefícios" dos progressos tecnológicos.
"Em alguns lugares, os carros funcionam apenas com eletricidade e até sem motorista, mas em outros locais formulários médicos essenciais ainda são preenchidos a mão e a falta de infra-estrutura significa prazos de 30 dias entre uma clínica rural e um laboratório da capital".
Entre os exemplos do que é possível fazer pelas crianças em matéria de inovação e com poucos recursos, o estudo apresenta vários casos, como um aparelho de áudio solar, desenvolvido em Botsuana e Zimbabue por Tendeyaki Katsiga, da Deaftronics, para locais onde não há acesso regular à eletricidade.
Outro exemplo é o "Vibrasor", dispositivo eletrônico que melhora a segurança de deficientes auditivos nas ruas, inventado por Isamar Cartagena, de 17 anos, e Katherine Fernández, 20, dois estudantes da cidade colombiana de Antioquia.
Em seu site , a UNICEF também revela as "escolas flutuantes" inventadas em Bangladesh para que as crianças possam ter aula durante todo o ano, mesmo nas regiões sujeitas a inundações.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância criou laboratórios de inovação em muitos dos 190 países nos quais trabalha, entre eles Afeganistão, Chile, Kosovo, Uganda e Zâmbia.