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Injeção a cada 2 meses será o futuro para tratamento da aids

Os fármacos que compõem a injeção "eram remédios que já existiam, mas que foram reformulados com nanotecnologia"


	Aids: "este tratamento ainda não é comercializado, já que se encontra em fase 3 de estudo"
 (Anne-Christine Poujoulat/AFP)

Aids: "este tratamento ainda não é comercializado, já que se encontra em fase 3 de estudo" (Anne-Christine Poujoulat/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2016 às 14h47.

Barcelona - Uma injeção intramuscular composta por uma combinação de dois fármacos, que será administrada a cada dois meses, se tornará nos próximos anos no tratamento da aids, permitindo assim aos pacientes não ter de tomar um remédio diário.

O chefe de Doenças Infecciosas e aids do Hospital Clínic de Barcelona, na Espanha, Josep María Gatell, explicou nesta sexta-feira que "a aderência ao tratamento é um dos principais problemas da doença", já que alguns pacientes não seguem corretamente as ordens médicas, enquanto "a injeção lhes permitirá seguir o tratamento, melhorando além disso sua qualidade de vida".

Gatell, que apresentou o 22º Simpósio Internacional sobre HIV que será realizado neste fim de semana em Barcelona, disse que "este tratamento ainda não é comercializado, já que se encontra em fase 3 de estudo", embora tenha afirmado que "se tudo correr bem, em meados de 2018 já poderia ser lançado no mercado".

Os fármacos que compõem a injeção, segundo explicou o médico da Unidade de HIV do Hospital Vall d'Hebron de Barcelona, Esteban Ribera, "eram remédios que já existiam, mas que foram reformulados com nanotecnologia, por isso que têm uma liberação mais prolongada" e permitiriam abandonar a necessidade de tomá-los todos os dias.

Por outro lado, Gatell e Ribeira destacaram a importância da detecção precoce da doença, assim como de começar o tratamento imediatamente depois do diagnóstico, já que isto ajuda a lutar melhor contra a doença.

Ao se tratar de uma doença contagiosa, é fundamental "identificar as pessoas que estão infectadas e não o sabem e começar a tratá-las o mais rápido possível" já que, como afirmou Gatell, isto "não só representa um benefício para os próprios afetados, mas também para a Saúde Pública", porque deste modo se reduz o risco de transmissão de forma inconsciente.

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