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Iniciativa quer reduzir desigualdade online entre gêneros

Último relatório da Comissão de Banda Larga da ONU e da UIT estima que cresceu a desigualdade de gênero no acesso à internet


	Mulhere online: relatório mostra que acesso à internet ficou mais desigual entre homens e mulheres
 (Likoper/Thinkstock)

Mulhere online: relatório mostra que acesso à internet ficou mais desigual entre homens e mulheres (Likoper/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2016 às 17h48.

No último relatório da Comissão de Banda Larga das Nações Unidas e da União Internacional de Telecomunicações (UIT), estima-se que cresceu a desigualdade de gênero no acesso de 11% em 2013 para 12% em 2016, totalizando cerca de 250 milhões de mulheres online a menos do que homens.

Para reduzir esse dividendo digital, a UIT e a Iniciativa Mulheres da ONU lançaram nesta terça-feira, 20, a parceria global Equals, uma coalizão de programas dedicados a mulheres e meninas para empoderamento com TICs para acelerar o processo global em parceria com a indústria.

A parceria focará em acesso igualitário, empoderamento para capacitação feminina na criação de TICs e na promoção de mulheres como líderes e empreendedoras. Para tanto, tentará junção com programas semelhantes nos setores privado e público.

Neste começo, as entidades estabeleceram parcerias com empreendedores e com o fundador da companhia de previdência privada Honest Dollar, William Hurley (conhecido como "whurley") para implantar a coalizão. Mas no comunicado, a UIT e a ONU convidam todas as empresas privadas, ONGs, governo e organizações da sociedade civil a participar também do movimento.

"A sociedade da informação é incompleta sem a inclusão, contribuição e liderança de mulheres e meninas", disse a diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, no comunicado. "Elas precisam ter acesso às TICs e nós precisamos incentivar as capacidades delas de usar a tecnologia", completa. Para Mlambo-Ngcuka, essa inclusão pode ser central para acelerar a agenda de metas de desenvolvimento sustentável da ONU para 2030.

"Estou alarmado ao vermos indicativos de que o gargalo de gênero está crescendo, e não diminuindo", destaca em comunicado o secretário geral da União Internacional de Telecomunicações (UIT) e também vice-chair da Comissão de Banda Larga, Houlin Zhao, citando a importância da inclusão das mulheres na tecnologia. "Isso é o mais imperdoável. Eu peço urgência para que governos e indústria adotem a tolerância zero para o dividendo digital de gênero."

O alerta em relação à diferença de conectividade masculina e feminina também foi dado pela vice-chair da entidade e diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, que compara o desenvolvimento com uma "revolução para os direitos humanos e dignidade" que "empodere toda mulher e homem, toda sociedade".

Também co-chair da Comissão e presidente da América Móvil (controladora da Claro, Embratel e Net no Brasil), Carlos Slim, destaca que "na sociedade do conhecimento, a participação igual de todos é necessária, em particular a participação igual de mulheres". Slim declarou apoio à iniciativa Equals, mas não especificou em que medida o grupo mexicano apoiará a causa.

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