Bitcoins: chips, protegidos por estruturas de vidro "biocompatíveis", medem 12mm x 2mm, e foram injetados com seringas por um especialista (Karen Bleier/AFP)
Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2014 às 16h27.
Haia - O empresário holandês Martijn Wismeijer, especializado em bitcoins, decidiu implantar dois chips nas mãos para armazenar esta moeda virtual.
Os chips, protegidos por estruturas de vidro "biocompatíveis", medem 12mm x 2mm, e foram injetados com seringas por um especialista.
Os chips são dotados de sistema NFC, que permite trocar dados entre dispositivos sem a necessidade de que sejam tocados diretamente e podem armazenar, cada um, até 888 bits de informação.
Martijn Wismeijer pôs o implante em 3 de novembro, juntamente com outras pessoas, mas diante da publicidade que seu caso teve, decidiu retirar a quantidade de bitcoins dos chips.
"O objetivo não era que todo mundo soubesse", disse, brincando, à AFP.
"Quisemos fazer esta experiência para avançar na ideia de porta-níquel virtual", explicou Wismeijer, co-fundador da empresa MrBitcoin, especializada em distribuidores de moedas virtuais.
Os chips implantados conseguem se comunicar entre si através de smartphones equipados com sistema Android.
"O que se armazena nos chips tem que ser considerado uma caderneta de poupança", afirmou. "O terminal de pagamento continua sendo o telefone, mas é possível transferir bitcoins a partir dos chips", assegurou.
As seringas e os chips podem ser comprados pela internet por 99 dólares na empresa "Dangerous Things".
"Desaconselhamos implantar você mesmo, é melhor chamar um especialista para evitar as infecções", disse Wismeijer.
Além de armazenar bitcoins, estes chips podem abrir portas, sem precisar usar chaves, desligar um despertador aproximando as mãos ou desbloquear aparelhos eletrônicos.
Segundo Wismeijer, cerca de 1.500 pessoas no mundo usam chips deste tipo no corpo. Ele garante que também poderiam ser usados no campo da saúde.
"Imagine uma tatuagem invisível que ficasse vermelha em caso de ataque cardíaco. Só faltaria escaneá-la com o telefone e, assim, o médico saberia o que houve imediatamente", afirmou.