Hacker: uma das mensagens acusa os holandeses de fascismo (Getty Images/Getty Images)
EFE
Publicado em 13 de março de 2017 às 14h46.
Última atualização em 13 de março de 2017 às 14h46.
Haia - Hackers turcos bloquearam nesta segunda-feira vários sites baseados nos Países Baixos, entre eles o do Museu da Guerra holandês e de uma organização de voluntários cristãos, sob a assinatura de "Somos otomanos, somos Turquia", junto com uma fotografia do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
"Não esqueceremos nunca o que fizeram contra nós", diz a mensagem no site do Museu da Guerra, sob um fundo de cor vermelho da bandeira turca, segundo a Agência Efe pôde comprovar.
Quanto à instituição cristã Nieuwe Dijkhuis, a mensagem é mais estendida e acusa os holandeses de fascismo.
"Sempre falam sobre democracia, direitos humanos e liberdade, mas o medo à 'Grande Turquia' mostrou sua mentalidade colonialista, racista, fascista e cruzada, que é tua verdadeira cara", escrevem os hackers.
Na fotografia que é mostrada em todos os sites, Erdogan aparece com sua mão direita no coração.
Estes "hackers" utilizam também na assinatura o nome de "Akincilar", em referência a um tipo de cavaleiros otomanos cuja referência é usada também por facções terroristas turcas de ideologia islamita ultranacionalista.
O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, advertiu hoje que não "haverá negociações sob ameaças" para resolver a crise diplomática com a Turquia e opinou que Ancara não tem intenção de influenciar nas eleições holandesas de 15 de março.
A tensão diplomática entre Ancara e Haia é consequência da rejeição holandês ao fato de dois ministros turcos quererem realizar comícios políticos em Roterdã, o que levou a um forte troca de insultos e ataques verbais ente os líderes de ambos países.